Política de narcotráfico está mais presente no Paraguai
A apreensão de 300 quilos de cocaína, em uma avião e em uma lancha em uma fazenda de propriedade de um general afastado do Exército, que apoia o candidato presidencial Horacio Cartes, reviveu acusações contra esse político.
Publicado 07/01/2013 14:49
As imputações vieram da parte de Rafael Filizzola, candidato a vice-presidente da República nas próximas eleições pelo Partido Liberal Radical Autêntico, quem afirmou que o narcotráfico na política está cada vez mais presente no país.
A ação policial na fazenda do general Carlos Maggui, cujo filho é candidato a deputado pelo partido Colorado – pelo qual Cartes disputou como candidato presidencial -, fez com que Filizzola recordasse outras ocupações de carregamentos de drogas em estâncias pertencentes a Cartes.
Na operação, quatro pessoas foram detidas e outras quatro conseguiram escapar, uma delas ferida, após uma troca de tiros com os agentes policiais, de acordo com o oficial.
Em suas declarações, Filizzolla apontou que custa bastante crer nas coincidências de um país onde o narcotráfico político é uma realidade cada vez mais preocupante, pelo qual somam-se e seguem-se os indícios de sua vigência no Paraguai.
Luis Rojas, chefe de operações da Secretaria Nacional Antidrogas paraguaia, revelou que se conseguiu interceptar o avião nos terrenos da propriedade de Maggi, momento no qual se registrou uma troca de tiros com os narcotraficantes.
Segundo informações solicitadas pela Secretaria, a droga deveria ser descarregada na pista clandestina para seu translado por lancha, através do rio Aguaray, até um determinado ponto onde o levariam por via terrestre para a cidade de Pedro Juan Caballero.
Filizzola agregou que o lugar é estratégico para o tráfico aéreo e fluvial de entorpecentes e a essas acusações se uniram as demarcações de diferentes partidos políticos que fizeram contra Cartes, um abastado empresário aspirante a ocupar a presidência da nação.
Fonte: Prensa Latina