SSA: Demissões no Santander é pauta de audiência no MTE
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) quer esclarecimento sobre o processo de demissão promovido pelo Santander em dezembro passado. A reunião de mediação acontece na próxima sexta-feira (11/01), às 10h, na Superintendência, no bairro Corredor da Vitória, em Salvador.
Publicado 10/01/2013 10:11 | Editado 04/03/2020 16:17
A Federação e o Sindicato dos Bancários da Bahia também participam do encontro. O MTE tenta elaborar uma proposta para acabar com o conflito iniciado pelo banco, que, repentinamente e sem explicação, demitiu 31 funcionários no Estado. Em todo o país foram mais de mil desligamentos.
Em dezembro passado, o Sindicato dos Bancários deu início a uma batalha judicial contra a empresa espanhola por conta das demissões sem justa causa. Depois de poucos dias, em 19 de dezembro, a Justiça concedeu liminar que obrigava o banco a reintegrar todos os funcionários. A decisão é uma importante vitória dos trabalhadores. Mas, a batalha ainda não terminou. Por isso, a categoria continua mobilizada e atenta a todas as manobras do banco.
“O Sindicato dos Bancários da Bahia não vai aceitar nenhuma arte manha do banco. O Santander é uma das organizações financeiras com maior lucro no Brasil. Até setembro do ano passado, foi registrado quase R$ 5 bilhões de lucratividade. Diante disso, não tem motivo para demitir os funcionários sem justa causa”, é o que afirma Euclides Fagundes, presidente do sindicato.
Diante da demora em reintegrar de fato os funcionários desligados, as agências do banco estão superlotadas em Salvador. O Sindicato dos Bancários visitou várias unidades na capital baiana e, em todos os locais, a situação é a mesma. Déficit de funcionários, sobrecarga de trabalho, pressão para o batimento de metas e muita reclamação por conta do desrespeito à lei dos 15 minutos.
Precariedade
No bairro da Calçada, por exemplo, o cliente não consegue entrar na unidade em dias de muito movimento. Muitos correntistas e poucos trabalhadores também no bairro das Mercês. Até mesmo agências mais novas como Campo da Pólvora e Brotas, começaram a funcionar com poucos empregados.
O problema é ainda mais grave em Itapuã. Além do quadro funcional reduzido, o ar-condicionado está quebrado, ou seja, o cliente espera muito tempo na fila, passando calor.
De acordo com o Sindicato dos Bancários, a luta é por mais contratações para suprir a demanda e aliviar a sobrecarga de trabalho. Além disso, a entidade quer o retorno imediato dos empregados demitidos, que ainda não puderam voltar ao desempenho da função por impedimento do banco. A promessa é de que voltem em 16 de janeiro.
De Salvador,
Ana Emília Ribeiro
Com agências