Para Daniel, Congresso precisa destravar votações urgentes

A votação do Orçamento, prevista para terça-feira (05/02), foi adiada para depois do Carnaval, ainda sem data marcada. Os líderes da Câmara e do Senado reuniram-se pela manhã para tentar um acordo para votação, o que não aconteceu. Os deputados da oposição tentam garantir a análise dos 3.025 vetos presidenciais existentes na pauta do Congresso antes da votação do Orçamento.

Entre eles, estão os vetos da presidenta Dilma Rousseff ao projeto que redistribuiu os royalties do petróleo entre os estados, ao Código Florestal e à proposta que extingue o fator previdenciário. A oposição argumenta que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de dezembro passado, determina que os vetos tranquem todas as votações do Congresso. A decisão impediu a votação em regime de urgência dos vetos dos royalties antes da análise dos vetos anteriores.

Para o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA), a suspensão da votação do Orçamento, o debate sobre o veto dos royalties e o fim da validade das regras de Fundo de Participação dos Estados são fatores que trazem instabilidade e insegurança aos municípios. Na avaliação do deputado, o Congresso precisa deliberar rapidamente sobre esses temas para que os entes federativos possam retomar a estabilidade econômica. Almeida disse esperar “medidas rápidas” para uma compensação da União por eventuais perdas de recursos do fundo.

Em nota à imprensa, o ministro Luiz Fux chegou a explicar que sua decisão não afetaria a tramitação do Orçamento. Mas, segundo o líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), a decisão do STF afeta sim a votação. “O que não está nos autos do processo não existe no mundo jurídico. A simples nota à imprensa do ministro Fux não permite a votação do Orçamento”, argumentou.

De Salvador,
Ana Emília Ribeiro
Com informações da Câmara Dos Deputados