Obama pede reforma tributária e controle de armas nos EUA
O presidente Barack Obama pediu ao Congresso a introdução de uma reforma tributária nos Estados Unidos que dê impulso à economia e o apoio para uma nova lei de controle das armas, como forma de frear o alto índice de incidentes violentos.
Publicado 13/02/2013 17:45
Durante seu discurso de terça-feira (12) à noite sobre o Estado da União, o mandatário fez questão de baixar as taxas de impostos às empresas, a redução das isenções e de elevar os tributos aos cidadãos mais ricos.
"Agora temos nossa melhor oportunidade para uma reforma tributária bipartidária e ampla que proporcione a criação de empregos e ajude a reduzir o déficit", disse.
Também considerou que a principal tarefa do país é estabilizar seu orçamento e considerou uma "ideia péssima" a entrada em vigor de cortes orçamentários no próximo 1º de março se o Congresso não diminuir o déficit fiscal.
"Esses cortes súbitos, graves e arbitrários poriam em perigo nossa disponibilidade militar. Devastariam prioridades tais como a educação, a energia, e as investigações médicas. Definitivamente desacelerariam nossa recuperação e nos custariam centenas de milhares de empregos", advertiu.
Obama também indicou que o país precisa criar mais empregos para sair definitivamente da estagnação econômica instaurada depois da crise de 2008.
Por outro lado, o presidente Democrata exortou aos congressistas para que votem em propostas para controlar as armas porque uma "grande maioria" dos estadunidenses uniu forças" e deseja ver o fim de acontecimentos lamentáveis como os ocorridos nos últimos meses.
"Nossas ações não evitarão todo ato de violência sem sentido neste país, mas as propostas do Governo, de senadores e das autoridades policiais para reduzir a violência causada pelas armas merecem um voto'", admitiu .
Esse tema teve mais força no país após o massacre em uma escola primária de Connecticut, onde um indivíduo matou 20 crianças e seis adultos no passado 14 de dezembro.
Várias pequisas mostram que a maioria dos estadunidenses apoia a aprovação de leis mais estritas sobre o controle de armas e consideram as legislações atuais muito permissivas.
Estatísticas oficiais estimam em quase 300 milhões os artefatos de fogo em mãos de civis por via legal.
O discurso desta terça-feira também serviu para reiterar as prioridades de Obama em áreas como a luta contra a mudança climática, modificações no setor de educação, energia e comércio exterior.
Entre outros aspectos, propôs subir o salário mínimo para US$ 9 a hora, atualmente em US$ 7,25 dólares, e uma maior abertura aos casais do mesmo sexo.
Fonte: Prensa Latina