A perseguição da direita ao movimento estudandil 

Não ao processo, fim da perseguição política na USP, ensino público e gratuito para todos e controle das universidades pelos estudantes. A denúncia do Ministério Público contra 72 estudantes da USP é uma evidente perseguição política ao movimento estudantil.

A tentativa é intimidar os estudantes e permitir à direita levar adiante o plano de privatização da mais importante universidade do País. Isso irá iniciar um processo generalizado de privatizações em universidades públicas.

As acusações contra os estudantes são de formação de quadrilha, depredação, pichação e porte de explosivos. A tentativa de aumentar as penas e imputar crimes que não correspondem à realidade contra uma manifestação política é um abuso e tem a intenção de incriminar toda ação coletiva e de reivindicação.

Os estudantes fizeram uma manifestação política contra a PM na cidade universitária, contra Rodas (reitor) e pela retirada de processos contra estudantes e funcionários. Esses processos já indicavam um aumento da repressão na universidade contra as manifestações políticas.

A direita nacional que levantou a cabeça no caso no mensalão condenando pessoas sem provas agora quer condenar estudantes a até oito anos de prisão por uma manifestação política.
Atacar o movimento estudantil da USP é tentar uma punição exemplar para intimidar as manifestações contra a burocracia universitária e o governo em todo o país.

A imprensa capitalista e de aluguel apoiou a medida também chamando os estudantes de “bandidos”, “vândalos” e “terroristas”, acusações típicas do período da ditadura militar brasileira.

A acusação é um ataque frontal contra o direito de manifestação e ação política das massas. Qualquer atividade política, como uma ocupação de terra, poderia ser enquadrada por essa promotora como uma ação de bandidos e poderia ser acusada de formação de quadrilha.

A defesa desses estudantes é a defesa do direito à livre manifestação, que está sendo atacado.
O Partido da Causa Operária chama a todos a se incorporarem na campanha em defesa dos 72 estudantes da USP, contra os processos, pela liberdade de expressão e organização.

Não ao processo.
Pelo direito de manifestação.
Fora Rodas, fora PM do campus
Não à privatização da USP
Pelo fim de todos os processos contra o movimento estudantil.
Por uma universidade controlada pela comunidade universitária com maioria estudantil.
Pelo ensino público e gratuito para todos em todos os níveis.

Fonte: Jornal Causa Operária