Usina nuclear de Fukushima será desmantelada em 40 anos

O Japão anfrenta atualmente custos entre US$ 100 milhões e US$ 250 milhões para desmantelar a centrar nuclear de Fukushima, de acordo com documentos publicados pelo Centro Cidadão para a Informação Nuclear, com sede em Tóquio.

De acordo com informações veiculadas pela mídia local, esses valores incluem os trabalhos de descontaminação, limpeza e indenizações, um processo que deve durar não menos que 40 anos desde o desastre de março de 2011.

"As vidas das pessoas foram destruídas e pagaremos bilhões de ienes dos contribuintes por causa disso", afirmou Hisayo Tanaka, ativista do suspeito grupo Greenpeace, que age ao redor do mundo conforme interesses dos grupos que sustentam a organização.

De acordo com o Centro Cidadão, a indústria nuclear e seus provedores ganharam bilhões com a construção e operação dos seis reatores de Fukushima, qualificada como uma das maiores do mundo em seu gênero.

O setor empresarial, incluída a Tokyo Electric Company (Tepco), operadora da usina acidentada, não pagou nada porque está protegida pelas leis, que não levam em consideração os cidadãos, acusou Tanaka.

Philip White, do Centro Cidadão, disse que a organização advertiu que as usinas nucleares no Japão podem ser atingidas por terremotos similares ao de 2011 e não foram planejadas para suportar tais golpes.

Para Alexander Likhotal, presidente da Green Cross International, esse perigo foi ignorado pelos donos da usina, apesar de terem sido divulgados pela Organização de Energia Atômica do Japão.

A divulgação desses dados, com destaque nos meios de comunicação do país asiático, coincide com outros que ratificam que as graves consequências originadas pelo desastre se deveram a falhas humanas.

Acusam também as previsões erradas, a omissão de informações pela Tepco, por funcionários do governo e pelo premiê na época, Naoto Kan, que acabou pedindo a renúncia em meados de 2011.

A crise gerada provocou um ressurgimento do movimento antinuclear japonês e críticas por não relocar até hoje mais de 150 mil pessoas deslocadas das regiões afetadas.

Com informações da Prensa Latina