Deputada cubana destaca integração latino-americana e caribenha

Em entrevista exclusiva com a Prensa Latina durante a 128ª Assembleia da União Interparlamentar Mundial (UIP), que ocorre na capital equatoriana, a legisladora cubana destacou que o tema desta reunião é "Do desenvolvimento sem objetivo para o desenvolvimento do Bem-Viver".

A jurista, deputada, e integrante do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, foi vice-presidenta do Tribunal Supremo Popular, dirigiu a Comissão Nacional Eleitoral e lidera a delegação de seu país ao fórum da UIP.

Muito pode ser discutido sobre este tema e não há receitas específicas para nenhum país, dimensionou, mas se eliminarmos a pobreza, terminarmos com as guerras e dedicarmos esses recursos bélicos em função da paz, o mundo pode mudar.

"Estaríamos falando de condições diferentes, e não se trata apenas de gerar riquezas, mas também de as distribuir de maneira diferente, com igualdade", destacou Mari Machado.

Sobre isto, afirmou, Cuba, apesar do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos há 50 anos e denunciado nesta reunião, conta com a aceitação e o reconhecimento à luta de seu povo para sair de suas dificuldades econômicas e garantir as conquistas da Revolução.

A implementação dos alinhamentos aprovados para a política econômica e social requer muito trabalho de todos os cubanos, se entregar por inteiro cada um a que lhe corresponde para poder contribuir a partir de nossa realidade para um melhor desenvolvimento, sublinhou.

Integração latino-americana 

A vice-presidenta da Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba qualificou o discurso do presidente equatoriano, Rafael Correa, na inauguração deste evento, como especialmente gratificante e a visão de Cuba, afirmou, também é a visão dos povos da América Latina e do Caribe.

Mari Machado recordou em nome do povo cubano o falecido presidente venezuelano, Hugo Chávez, e destacou a grandeza de seu legado.

Com o discurso de Correa, reforçou, destacou-se a visão da América Latina posta na integração e também as vozes sem medo dos povos da região com relação à realidade o mundo que vive hoje.

As violações aos direitos humanos, tudo relativo ao bloqueio genocida contra o povo cubano e o que está acontecendo com a agressão ao povo sírio põem em evidência a manipulação da realidade por alguns meios de comunicação, comentou.

Por causa disso, agregou, às vezes são desconhecidas muitas questões sobre os problemas internos dos países e procura-se (por esses meios de imprensa) justificar ingerências e o uso das armas contra eles.

A comunidade internacional está conclamada, como nunca antes, a fazer propostas concretas para estimular a paz, a rejeição à guerra e promover a integração e igualdade nas relações entre os povos e economias, que permita aos desfavorecidos economicamente terem voz e voto, enfatizou Mari Machado.

Fonte: Prensa Latina