Professores municipais de Salvador param por 48h

Desde o início do ano letivo, que os trabalhadores vem lutando por melhorias. Na primeira semana de aula foi por falta de condições de trabalho e infraestrutura precária das escolas. Depois foi a imposição do programa Alfa e Beto, que acabou suspenso pelo Ministério Público. Agora, é por não atender as reivindicações da categoria, em campanha salarial desde abril.

Já ocorreram duas rodadas de negociação e nada foi definido. Por conta disso, os professores decidiram em assembleia, realizada nesta terça-feira (11/06), cruzar os braços novamente, por 48 horas. “Com muita maturidade, aprovamos a agenda de manifestações para obrigar a prefeitura a encarar a negociação com seriedade e melhorar a proposta”, diz Elza Melo, diretora da APLB.

Os trabalhadores fazem manifestação nesta quarta-feira (12/06), às 10h, na Praça da Piedade, seguida de caminhada até a Prefeitura, para entregar ao prefeito documento com as motivações do movimento e as reivindicações da categoria. Na quinta-feira (13/06), às 14h, se reúnem novamente, no Ginásio de Esporte dos Bancários, para decidir sobre os rumos do movimento.

Os educadores pediram inicialmente 10% e a prefeitura ofereceu 5,84%. Depois a proposta chegou a 7,97%, para cumprir o piso, conforme exigido pelos professores. Porém, divididos em duas parcelas de 2% em maio e 5,97% em novembro. A categoria quer que seja de uma só vez. Segundo a diretoria da APLB, Marilene Betros, o Sindicato está aberto ao diálogo, aguardando uma nova proposta, que mantenha a estrutura da tabela, respeitando o plano de carreira e o princípio da valorização.

De Salvador,
Maiana Brito