Conflito nas ruas de Salvador entre estudantes e polícia
A tarde e a noite desta quinta-feira (20), foram marcadas por diversos conflitos entre a polícia e manifestantes do Movimento Passe Livre Salvador. Ônibus e carros queimados, estabelecimentos comerciais depredados e muita gente ferida. Esse é o saldo do ato, que teve início pacífico no Campo Grande, centro da cidade, mas ficou tenso durante o percurso até à Arena Fonte Nova e o encontro com o isolamento da polícia.
Publicado 20/06/2013 23:05 | Editado 04/03/2020 16:16

Por conta da intensidade das manifestações que ocorrem em todo o país, a presidenta Dilma Rousseff cancelou a visita que faria a Salvador nesta sexta-feira (21) para lançar o Plano Safra para o Semiárido e participar da formatura de alunos do Pronatec. A visita deverá ocorrer na próxima semana.
Durante a concentração, a presidenta da UEB (União dos Estudantes da Bahia), Marianna Dias, informou que a manifestação estava bastante organizada e com grande participação popular e que uma das principais bandeiras de reivindicação era a redução da tarifa no transporte público, como ocorreu em São Paulo.
Após sair do Campo Grande, a caminhada seguiu pela avenida Joana Angélica, momento em que houve o encontro com o primeiro cordão de isolamento da Polícia Militar. Os manifestantes tentaram furar o bloqueio da PM, que respondeu atirando bombas de efeito moral. Alguns integrantes do movimento atiraram pedras nos policiais. Neste momento, teve início a grande confusão que marcou a manifestação.
O objetivo final era chegar até a Arena Fonte Nova, onde as seleções de futebol da Nigéria e doUruguai jogavam pela Copa das Confederações. Os integrantes do ato se dividiram e seguiram pela avenida Sete e pelo Politeama e Nazaré. No entorno da Arena, a tropa de choque da PM já realizava um cordão de isolamento para conter o avanço dos manifestantes. Um grupo conseguiu chegar próximo à Arena e realizar a manifestação no local.
Paralelo a isso, pequenos grupos de vândalos infiltrados na movimentação que, até então tinha caráter pacífico, foram responsáveis por diversas ações de vandalismo pelas ruas de Salvador. Em notas divulgadas à imprensa, tanto a PM como o governador Wagner repudiaram as ações contra o patrimônio público e privado, e reafirmaram o direito de manifestação da população.
De Salvador,
Ana Emília Ribeiro