NSA violou reiteradamente normas de privacidade
Desde 2008, a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos(NSA), encarregada da espionagem cibernética, violou reiteradamente as leis de privacidade para vigiar cidadãos do país e objetivos estrangeiros, informou nesta sexta-feira (16) o jornal The Washington Post.
Publicado 16/08/2013 15:52
O jornal obteve cópias de uma auditoria interna realizada em maio de 2012 e de outros documentos secretos que evidenciam a espionagem não autorizada dessa instituição federal às comunicações privadas tanto no nível doméstico como internacional.
Segundo a fonte, desde 2008, a agência foi flagrada em pelo menos 2.776 infrações à lei nas quais interceptou, armazenou e distribuiu correios e chamadas telefônicas protegidas.
Citou entre os incidentes mais graves a violação de uma ordem judicial e o uso não autorizado de dados de mais de três mil estadunidenses e possuidores de cartão de residência com licença de trabalho.
The Washington Post acrescentou que essas evidências fazem parte dos materiais obtidos pelo ex-funcionário da NSA Edward Snowden, refugiado agora na Rússia e acusado de traidor por divulgar um programa secreto de espionagem desta agência.
O jovem informou em junho passado aos repórteres desse jornal e a outros britânicos sobre os programas intrusivos da NSA para espionar os registros de telefonemas, áudios, vídeos, fotografias, correios eletrônicos, documentos e conexões on-line de milhões de usuários, governos e empresas estrangeiras.
Desde então os Estados Unidos perseguem-no, cancelaram seu passaporte e acusaram-no de espionagem, roubo de comunicações confidenciais e propriedades do Governo, pelo qual poderia enfrentar uma sentença de 10 anos em prisão.
O asilo temporário que a Rússia concedeu a Snowden tensionou as relações entre Washington e Moscou e, em resposta, o presidente Barack Obama cancelou um encontro com seu homólogo russo, Vladimir Putin, programado para setembro.
Além disso, o presidente disse na última sexta-feira que examinarão seus vínculos com a nação euroasiática e advertiu que "ninguém deve esperar concordar cem por cento".
Fonte: Prensa Latina