No Reino Unido, presidente palestino pede apoio ativo ao processo
O secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina, Yasser Rabbo afirmou nesta segunda-feira (9) que as negociações com Israel não têm progressos, e que há pouca esperança de sucesso futuro. No domingo (8), no Reino Unido, o presidente Mahmoud Abbas encontrou-se com o secretário de Estado norte-americano John Kerry, que lhe pediu “esforços” nas negociações, embora o maior entrave seja posto por Israel, com a construção de colônias, para Rabbo.
Publicado 10/09/2013 11:57

Na reunião com Kerry, o presidente Abbas transmitiu os protestos palestinos ao mediador estadunidense das negociações com Israel, e disse que as conversações limitam-se à questão de segurança, prioritária para o governo israelense, mas que outras questões importantes, inclusive a delimitação da fronteira, são ignoradas.
A contínua construção de colônias judias em territórios palestinos é um assunto fundamental nas conversações. Desde o recomeço do processo, Israel divulgou vários planos de ampliação de colônias na Cisjordânia e em Jerusalém Leste, palestina.
Ainda no Reino Unido, o presidente Abbas dirigiu-se ao Parlamento britânico, nesta segunda (9), para pedir um apoio ativo ao processo de paz que leve à criação do Estado independente da Palestina, de acordo com a agência de notícias palestina Wafa.
“Precisamos do seu apoio ativo para garantir uma conclusão bem-sucedida às negociações de paz, para que o Estado da Palestina possa viver lado a lado com o Estado de Israel, em paz e segurança, nas fronteiras de 1967”, disse o presidente aos parlamentares britânicos, durante uma sessão na “Casa dos Comuns”.
Já de acordo com a nota do Departamento de Estado dos EUA, sobre o encontro com o presidente Abbas, “o secretário [Kerry] reiterou a importância de ambos os lados adotarem caminhos que criem um ambiente propício ao estabelecimento da paz e ao atual compromisso dos Estados Unidos de desempenhar papel de facilitador ativo nas negociações”.
Entretanto, a negligência dos EUA (como maior parceiro de Israel) na questão das colônias é um fator condicionante do “sucesso das negociações”, como posto pelo próprio Kerry, uma vez que a condenação e o congelamento das construções são percebidos pelos palestinos e por vários países dedicados ao processo como essencial para qualquer acordo de paz.
Com agências,
Moara Crivelente, da redação do Vermelho