Travestis e transexuais protestam pelo direito ao nome social
A Associação de Travestis de Salvador (Atras) realiza, na próxima terça-feira (22/10), um protesto em frente ao Fórum Ruy Barbosa, na capital baiana, às 15h, em defesa do direito de travestis e transexuais terem o nome social nos documentos. A manifestação começou a ser organizada depois que o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-BA) negou o pedido de mudança do nome de Millena Passos, presidenta da Atras.
Publicado 18/10/2013 14:06 | Editado 04/03/2020 16:16
A decisão do tribunal baiano foi divulgada na última terça-feira (13) e mobilizou outros travestis e transexuais que também já tiveram o pedido negado. Essa é a segunda vez que Millena tenta a mudança no TJ-BA e ela ainda pretende recorrer. “Agora vou até ao Supremo Tribunal Federal [STF] porque isso é uma questão de reparação”, disse.
Segundo a presidenta, a Bahia é campeã em casos de agressões motivadas por transfobia – aversão a transexuais -, embora a associação não tenha contabilizada a informação. Ela acredita que a cultura de exclusão das pessoas “trans” pode estar motivando os pareceres negativos do tribunal baiano.
“Eu sou conhecida no mundo inteiro como Millena Passos e a Justiça do meu estado não quer me reconhecer assim. Nem a mim, nem a todas as meninas que entram com um processo de registro do nome social. Será que isso também não é transfobia?”, questiona Millena.
A manifestação de terça-feira vai contar com a presença de Paullete Furacão, coordenadora do núcleo LGBT da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia (SJCDH), a primeira transexual a o ocupar uma vaga no funcionalismo público estadual.
De Salvador,
Erikson Walla