Comunistas denunciam terrorismo de Estado no Paraguai
O presidente do Partido Comunista Paraguaio (PCP), Carlos Luis Casabianca, afirmou, nesta segunda-feira (4), que os paraguaios estão preocupados com as evidências de que se está tentando restaurar o terrorismo de Estado no país.
Publicado 04/11/2013 16:33
De acordo com Casabianca, em entrevista à Prensa Latina, “estão sendo observados os gérmens ou rastros da ditadura anterior [de Alfredo Stroessner] e projetos terroristas em nosso país, vinculados aos planos de entregar o Paraguai às multinacionais estrangeiras”.
Para ele, a Lei de Aliança Público-Privada é o instrumento criado para servir essas intenções. A lei dá poderes extraordinários ao presidente Horacio Cartes, “o autorizando a vender todo o Paraguai, a eletricidade, a água, todas as suas riquezas”, pontuou.
Além disso, criticou o que qualificou como repressão militar, baseada na concessão de faculdades extraordinárias ao presidente para dispor das forças armadas em questões de ordem interna, que na verdade correspondem à Polícia Nacional.
O comunista avalia que “o momento é de perigo, nem sequer latente, mas sim existente, com camponeses presos devido a sua luta por terra, como os encarcerados depois da sangrenta reintegração de posse de Curuguaty, enquanto aqueles que mataram os trabalhadores estão em liberdade e premiados”, sinaliza.
Outro foco de preocupação “são os contínuos ataques contra assentamentos e lares camponeses, buscando o amedrontamento para ceifar todas as tentativas de continuar lutando pela igualdade na distribuição de terra”.
Por fim, avaliou como algo positivo a recente criação da Coordenadora Democrática, instância integrada por centrais sindicais, organizações sociais, camponesas e políticas, partidos políticos e grupos docentes: “Trata-se de uma coordenadoria muito ampla e uma iniciativa importantíssima para seguir adiante neste difícil momento para a democracia paraguaia”, concluiu.
Com Prensa Latina