Putin condena conflitos interétnicos e chama à unidade na Rússia
O presidente russo, Vladimir Putin, considerou nesta quinta-feira (12) imoral e negativa a crescente tendência a exacerbar os conflitos interétnicos na Rússia e chamou a defender a unidade e a integridade da nação.
Publicado 13/12/2013 05:27
Na leitura da mensagem anual à Assembleia Federal (Parlamento bicameral), Putin identificou os problemas acumulados no terreno das relações interétnicas e chamou a atenção para as tergiversações sobre a problemática, que se desviaram das políticas delineadas para a promoção cultural e o desenvolvimento socioeconômico integral, afirmou.
Disse sem rodeios que os conflitos de caráter étnico são provocados não pelos representantes de alguns povos, mas por pessoas desprovidas de cultura e sem respeito às tradições próprias e alheias.
O governante foi enfático quando atribuiu a uma máfia transnacional a fonte originária dos problemas que transcendem as nacionalidades e os diversos grupos religiosos que convivem no território da Federação, há mais de dois séculos.
Mencionou as atitudes imorais dos grupos subversivos ilegais que operam nas regiões do sul da Rússia (Cáucaso Norte), agentes corruptos dos organismos de segurança e da ordem que protegem uma máfia étnica, assim como os nacionalistas russos e separatistas.
Estes setores, apontou Putin, fazem de qualquer tragédia provocada um pretexto para o vandalismo e o saldo sangrento.
É necessário defender o meio plurinacional contra o internacional imoral, sublinhou o presidente, que dedicou a primeira parte de seu discurso diante senadores e deputados ao tema das nacionalidades.
A mensagem anual do presidente da Rússia ao Parlamento foi consagrada na Constituição desde 1994. Neste ano, o pronunciamento presidencial, na sala São Jorge, do Palácio do Kremlin, coincidiu com o vigésimo aniversário da Carta Magna.
O discurso de prestação de contas de Putin foi assistido por mais de mil convidados, entre eles os 616 parlamentares russos do Conselho da Federação (Senado) e da Duma estatal (Câmara de Deputados), representantes do governo e de todos os poderes do Estado.
Uma das linhas essenciais da mensagem aponta para oferecer uma visão sobre as perspectivas de desenvolvimento socioeconômico do país a médio prazo.
Prensa Latina