Dois soldados morrem em Salvador durante curso preparatório da PM
Morreu na última quarta-feira (18/12), em Salvador, o segundo de quatro policiais que passaram mal durante um exame físico do Curso de Operações Policiais Especiais (Copes), que seleciona soldados para o Batalhão da Polícia de Choque da Polícia Militar da Bahia (PM-BA). O PM Luciano Fiuza, lotado no 12º Batalhão de Camaçari, tinha 29 anos e morreu no Hospital Aeroporto.
Publicado 19/12/2013 15:27 | Editado 04/03/2020 16:15
No mesmo hospital morreu, na terça-feira (17), o soldado Manoel Freitas Júnior, da 4ª Companhia Independente do município de Macaúbas, na Chapada Diamantina. Todos os quatro soldados participavam, com mais 63, de uma atividade chamada de Teste de Habilidade Física (THE), que exigiu dos candidatos uma corrida de 10km em 60 minutos.
O secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, em uma entrevista a uma rádio local, insinuou que os candidatos pudessem ter ingerido substâncias para melhorar o desempenho e que elas poderiam ter sido a causa das mortes. As famílias contestam a suspeita e pedem que uma investigação seja feita.
Em jornal local , a tia de Manoel Freitas disse que não entendia como o sobrinho, jovem, pudesse ter saído do curso tendo convulsões e paradas de rim, fígado, pulmão e coração. A suspeita é de que tenha havido, por parte da PM, excesso na aplicação da atividade.
Em nota, a PM informou que os candidatos participaram do curso de forma voluntária e que foram submetidos a uma bateria de exames. A nota diz ainda que os cuidados que deveriam ser tomados para a participação na THE foram disponibilizados aos candidatos no edital.
Sobre o curso, a PM disse que “prepara policiais militares para a execução de operações policiais especiais em situações de alto risco e complexidade elevada. Exige do candidato preparo físico e psicológico que serão aprimorados ao longo do curso, além de desenvolver competências técnicas no decorrer das aulas.”
A previsão do IML (Instituto Médico Legal) é de que o laudo da morte dos soldados saia, no máximo, em 30 dias.
De Salvador,
Erikson Walla
*Com informações do Correio da Bahia