Índia: Premiê faz balanço de governo e diz que não se recandidata
O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, anunciou nesta sexta-feira (3) que não irá concorrer a um terceiro mandato nas eleições deste ano. Em entrevista coletiva, Singh declarou que, mesmo que seu Partido do Congresso vença as eleições de maio, ele não vai assumir o cargo de primeiro-ministro, porque quer abrir espaço a outro candidato.
Publicado 03/01/2014 12:03

Singh está à frente do governo indiano desde 2004. Em declarações à mídia, nesta sexta, o premiê fez uma retrospectiva sobre o trabalho em seus dois mandatos e respondeu dúvidas sobre inflação, escândalo de corrupção e desaceleração econômica.
Sobre os avanços do seu mandato, destacou temas diversos, como a educação, o setor agrário, a segurança alimentar, a saúde, o crescimento econômico, a redução da pobreza, a “governança” e a transparência, entre outras questões mais específicas.
Segundo Singh, a Índia alcançou um nível de educação quase universal para o ensino primário, com um aumento crescente do investimento. O número de universidades centrais também aumentou de 17 para 44 durante o período do seu governo, conforme destacou o jornal indiano The India Times.
O premiê abordou programas como o de apoio mínimo à valoração do trigo, por exemplo, e a diversos grãos que tiveram o subsídio triplicado, além do financiamento de centenas de agricultores e a aprovação de um Ato para a Aquisição de Terras.
Sobre a segurança alimentar e a redução da pobreza, que estão entre as preocupações mais prementes em uma Índia de desigualdade social extrema, assim como a saúde e a segurança das mulheres e crianças, Singh indicou, por exemplo, que a queda média da pobreza é de 2% ao ano.
Ele ressaltou um aumento consistente do investimento na saúde pública – com a redução da mortalidade materna e infantil e o aumento da expectativa de vida – e a emenda de uma lei direcionada à punição dos crimes sexuais contra mulheres e crianças.
No crescimento econômico e na expansão da infraestrutura, o premiê ressaltou: o rendimento per capita aumentou três vezes desde que assumiu o poder, e o crescimento médio do Produto Interno Bruto do país neste período foi de 7,7%, apesar de duas retrações globais. Novas estradas foram construídas nas zonas rurais do país.
Na proteção social, Singh abordou o aumento do acesso aos cartões de assistência, através dos quais mais pessoas têm acesso à transferência de benefícios em 184 distritos do país. Além disso, o investimento com as minorias do país aumentou 10 vezes no período do seu governo, segundo o premiê.
Outras questões avançadas são as relacionadas com a transparência e a administração governamentais, para as quais Singh indicou o direito à informação, a comissão de reformas administrativas e a “e-governança”, ou seja, o monitoramento do governo através da internet. Entre as medidas anti-corrupção, foram aprovados o Ato Lokpal, o de Proteção aos Delatores e a Emenda ao Ato de Prevenção da Corrupção.
Da redação do Vermelho,
Com informações do India Times