Debate presidencial expõe posições discordantes em El Salvador
O primeiro debate entre candidatos presidenciais às eleições do próximo 2 de fevereiro em El Salvador confirmou suas posições discordantes sobre a situação do país, além de propostas coincidentes em alguns temas.
Publicado 13/01/2014 15:04
Em essência, dividiu-se em dois centros: a posição da Frente Farabundo Martí para a Liberação Nacional (FMLN), no governo e de esquerda, e a do resto das forças, todas de direita, que se abstiveram de se enfrentar.
O presidenciável da FMLN, Salvador Sánchez Cerén, expôs os avanços atingidos pelo governo nos assuntos escolhidos para a discussão: educação, saúde, segurança cidadã e economia.
Programas populares foram recordados por Sánchez Cerén, vice-presidente da república, como o chamado pacote escolar, que entrega gratuitamente em cada curso aos alunos do ensino público seus materiais escolares, uniformes, sapatos e alimentação.
Também, o desenvolvimento de uma reforma integral da saúde que tem levado atenção médica até os locais antes esquecidos e mais pobres do país.
A recuperação da economia, que estava em crise em 2009 quando o governo assumiu e que encerrou nesse ano com uma queda de menos 3.1 por cento, foi destacada também por Sánchez Cerén.
Igualmente, os sucessos no combate ao crime e à violência que pressiona à população, bem como a substancial diminuição dos altos índices de homicídios, que permitiu a El Salvador deixar de ser o segundo país mais violento do mundo.
Sánchez Cerén expressou seu compromisso em continuar e aprofundar as transformações iniciadas pelo governo do presidente Mauricio Funes e da FMLN, vitorioso nas últimas eleições, em 15 de março de 2009.
Do outro lado, o principal ataque contra a FMLN e o governo foi liderado pelo candidato da de direita Aliança Republicana Nacionalista (Arena, por sua sigla em espanhol), Norman Quijano, quem descreveu os resultados do atual governo como desastrosos.
Em menor medida, o seguiram os candidatos pelos minoritários partidos Fraternidad Patriótica Salvadorenha, Oscar Lemus, e Salvadorenho Progresista, o tenente-coronel aposenado René Rodríguez.
O outro candidato, o ex-presidente Elías Antonio Saca (2004-2009), o último da Arena, do qual foi expulso após a derrota eleitoral para a FMLN, manteve uma posição mais cautelosa e inclusive disse que continuará os planos sociais do governo.
Saca, candidato pela coalizão Unidade, concentrou-se em listar o que chamou de êxitos de seu mandato e se apresentar como o único dos candidatos com experiência para liderar o destino do país.
O debate, mais bem uma exposição breve pelos candidatos de suas propostas, é o primeiro na história eleitoral de El Salvador, e o único, pois não haverá um segundo, quando faltam apenas 20 dias para a votação.
Fonte: Prensa Latina