Farc-EP enaltecem dia do direito dos povos à rebelião
A insurgência colombiana agradeceu nesta quarta-feira (26) o Movimento Continental Bolivariano pela decisão de instituir o 26 de março como Dia do direito universal dos povos à rebelião armada, em honra ao comandante Manuel Marulanda.
Publicado 26/03/2014 18:35

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) lembraram em um comunicado emitido nesta capital os 1960 anos dedicados pelo guerrilheiro à luta pela paz, pela justiça social e pelo enfrentamento a um regime político injusto.
Destacaram a justeza da homenagem a Marulanda ao instituir essa data em 2010 em ocasião do segundo aniversário do desaparecimento físico do líder insurgente.
Marulanda baseou sua estratégia guerrilheira na solução política do conflito colombiano a partir do princípio de mudança das injustas estruturas políticas, econômicas e sociais vigentes no país, destacaram.
Ele conduziu pessoalmente as conversas com os governos para conquistar a paz, mas, infelizmente, o Estado não estava pronto para ela, estavam dominados pelo militarismo, pelas máfias e pela guerra suja, agregaram.
As Farc-EP indicaram que aqueles governantes eram incapazes de compreender a complexidade inerente à solução de um conflito prolongado por mais de meio século, o mais duradouro da América Latina.
Em troca – continuaram – a política do Governo se traduziu na implementação do chamado Plano Colômbia, desenhado pelos Estados Unidos, em milhares de massacres paramilitares e a deslocação de mais de seis milhões de camponeses.
A insurgência se mostrou otimista em relação às conversas de paz com o governo que acontecem em Havana atualmente.
Avançamos na construção de acordos parciais com a contraparte em relação à política agrária e rural e ao tema da participação política, pretendendo assim instaurar na Colômbia a democracia real para todos, explicaram.
A conquista da paz com justiça social, o estabelecimento de uma nova doutrina militar e o resgate do sentimento de soberania são as maiores homenagens que podemos prestar a Manuel Marulanda, concluíram.
Neste momento, as conversas entre as Farc-EP e o Governo estão focadas na questão das drogas ilícitas, terceiro tema de uma agenda de seis pontos.
Fonte: Prensa Latina