Terroristas prosseguem ofensiva militar no Iraque

Homens armados, presumivelmente membros do Estado Islâmico do Iraque e Levante (ISIS, na sigla em inglês), explodiram uma mesquita xiita em Diyala, apesar da contraofensiva iniciada pelo governo para frear o avanço dos extremistas.

O canal Al-Iraqiya TV informou que o atentado coincidiu com o anúncio do primeiro-ministro Nouri Al-Maliki de que havia começado uma "operação de limpeza" lançada pelo Exército regular no norte de Bagdá e em cidades ades tomadas pelos extremistas sunitas durante a última semana.

Segundo Al-Maliki, as forças de segurança tentam retomar sua autoridade e mudar a péssima imagem deixada pela retirada em debandada de seus efetivos em Mosul, Tikrit, Baiji, Suleiman Bek e outras localidades perante a entrada, sem resistência, dos elementos do ISIS.

O exército governamental "começou seu trabalho para limpar todas as nossas queridas cidades desses terroristas", indicou o chefe do Executivo em pronunciamento feito em Samarra e difundido na noite de sexta-feira (13) por todos os meios oficiais.

Informações da agência nacional Nina precisaram que os terroristas detonaram potentes bombas na mesquita Saad bin Maaz, do distrito de Aljazeerah da provincia de Diyala, e queimaram a casa do clérigo como parte do assalto a santuários da maioria xiita.

A mesma fonte agregou que os terroristas do DAESH, nome em árabe da milícia vinculada à Al-Qaeda, executaram nas últimas horas vários oficiais e soldados da Brigada 17 da Quarta Divisão do Exército na região do sul de Tikrit, depois de sua rendição.

Esses incidentes ocorreram enquanto Al-Maliki dirigia em Samarra uma reunião de segurança e as tropas governamentais destruíam dois veículos dos terroristas em Ishaqi, uma área do sul dessa cidade situada ao norte de Bagdá e que foi atacada no início da semana, informou o canal Al-Iraqiya TV.

Organizações internacionais dizem que, apesar das operações do Exército do Iraque, ao menos 40 mil pessoas fugiram das regiões de Samarra e Tikrit pela intensidade da ofensiva do ISIS e a deterioração da situação em todo o país.

Prensa Latina