OMS explica esforços para o combate ao ebola no oeste africano
Até 27 de julho, a epidemia do vírus do ebola já resultou em 1.323 casos de infecção na Guiné, Libéria, Serra Leoa e outros países da África ocidental e ao menos 729 pessoas já morreram, segundo um comunicado de imprensa da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado nesta quinta-feira (31/7). O porta-voz Gregorie Hartle afirmou que o vírus é de difícil transmissão e há pouca possibilidade de registro dessa epidemia para além do oeste africano.
Publicado 01/08/2014 11:41

Os Estados Unidos e a França emitiram um alerta no mesmo dia, sugerindo aos seus cidadãos que suspendam planos de viagem às regiões acometidas pela epidemia. Contudo, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) anunciou que a entidade não sugere qualquer limite de viagem ou fechamento de fronteiras.
O constante aumento da quantidade de pessoas infectadas pelo vírus do ebola já tinha provocado preocupações em diversos países do oeste africano, e também resultou em grande atenção de outros países do mundo. Segundo o porta-voz da OMS, entretanto, as pessoas não têm possibilidade de ser infectadas caso não tenham contatos com sangue humano infectado.
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De acordo com uma reportagem publicada na quarta-feira (30), uma mulher que regressou a Hong Kong, vinda do Quênia, é suspeita de ter sido infectada pelo vírus. Sobre isso, Hartl apontou que como o Quênia localiza-se longe da zona de epidemia e que a suposição é negligente.
Hartl ainda afirmou que, como o vírus do ebola manifestou-se poucas vezes na história, nessa área, o setor médico ainda não dedicou os mesmos esforços que foram aplicados para o desenvolvimento da vacina contra aids.
A OMS, em conjunto com os países afetados na África Ocidental, destinarão US$100 milhões contra a epidemia do ébola. A diretora-geral da organização, Margaret Chan, vai reunir-se, na Guiné, nesta sexta-feira (1º/8), com os líderes dos países afetados pelo surto para avaliar a ameaça.
Mais de 120 quadros médicos internacionais estão trabalhando na luta contra a epidemia, no entanto, ainda existe uma necessidade urgente de mais médicos, enfermeiras, epidemiologistas e outros profissionais, segundo a OMS.
O porta-voz da OMS declarou que a OMS está cooperando com a Organização de Aviação Civil Internacional e a Associação do Transporte Aéreo Internacional, no monitoramento da situação epidêmica, para reajustar em qualquer momento as restrições de viagens ou de comércio.
O vírus de ebola é considerado um dos mais letais que a humanidade conhece e não existe para já um tratamento médico efetivo. A doença,que se transmite por contato direto com sangue e fluidos corporais pode causar hemorragias graves.
Com informações da Rádio China Internacional,
Da Redação do Vermelho