Milhares protestam contra medidas de austeridade na Grécia

Milhares de gregos tomaram as ruas de Atenas, no último sábado (1º/11), em protesto contra medidas de austeridade implantadas no país. A manifestação foi convocada pela Pame (Frente Militante de Todos os Trabalhadores, na sigla em grego), entidade filiada à Federação Sindical Mundial (FSM).

Protesto contra medidas de austeridade na Grécia

"Não somos apenas números, merecemos condições de vida humanas", gritaram os manifestantes na praça Syntagma, diante do Parlamento em Atenas. "É preciso optar pelo crescimento, voltar a abrir as fábricas, criar empregos, estimular o consumo", afirmou Gregoris Papadopulos, de 45 anos, ex-funcionário da fábrica da Coca-Cola em Tesalonica (norte), fechada no ano passado.

A Grécia está sob assistência financeira desde 2010, com dois empréstimos concedidos em troca de duras medidas de austeridade acordadas com a troika (a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional)., formada por credores (o Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu). O resgate europeu termina no fim do ano, enquanto o programa de assistência do FMI deveria continuar até a primavera de 2016, mas Atenas indicou a possibilidade de acabar mais cedo.

Os manifestantes denunciaram os 1,5 milhão de desempregados e os mais de 500.000 trabalhadores que não recebem salário há vários meses. Para Fotini Mitsakosta, professora que compareceu ao protesto, a crise não acabou. "Meu salário é mais de 40% menor que o de 2011, tenho dívidas e não consigo pagar a escola dos meus filhos", disse.

Fonte: Portal CTB