Grevistas e Petrobras seguem para segundo dia de negociação

A Petrobrás transferiu para a tarde desta terça-feira (10) a reunião com a Federação Única dos Petroleiros (FUP)  que seria realizada pela manhã, para dar continuidade à negociação da Pauta pelo Brasil, principal documento reinvindicartorio dos grevistas. A informação é que a Diretoria Executiva da empresa está reunida e avaliando as propostas que a Federação apresentou na reunião desta segun-feira

Comando de greve dos petroleiros afirma que Petrobras está sob ataques

A Petrobras informou em nota que a empresa está aberta à negociação e a discutir as reivindicações dos representantes dos empregados. "O agendamento de novas reuniões esta semana e a retomada do diálogo reforçam os esforços na busca por entendimentos para o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho 2015”, diz a nota.

A Petrobras informou ainda que tem conseguido reduzir os impactos da greve sobre as operações por meio do plano de contingência. “A perda diária de óleo por efeito da greve diminui 60% desde o dia 02/11. O impacto atual estimado na produção de petróleo tem sido, desde o último sábado (07), da ordem de 115 mil barris ao dia”. 

Segundo a FUP,  "é necessário que categoria siga mobilizada, para que haja continuar pressionando os gestores da Petrobrás a atender nossas reivindicações. A força do movimento tem impactado a produção de petróleo, o refino, o transporte e a geração de energia. Vamos, portanto, fortalecer ainda mais essa greve, que já é histórica".

Só na Bacia de Campos, onde o movimento já atinge 50 unidades marítimas, deixaram de ser produzidos mais de dois milhões de barris de petróleo, o que gera um prejuízo de pelo menos R$ 400 milhões para a Petrobrás. Soma-se a isso a paralisação e redução de produção nas plataformas do Ceará e Espírito Santo, além dos campos de produção terrestre da Bahia, do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo, afirmou em nota a FUP.

Também estão na greve os trabalhadores das unidades de tratamento e processamento de gás natural (UPGNs e UTGCs), das termelétricas e das usinas de biodíesel.

A categoria está em greve desde o último dia 24 de setembro.