Ó abre alas que as marchinhas clássicas vão passar!

Quando Chiquinha Gonzaga compôs Ó abre alas, para o cordão carioca Rosa de Ouro, no carnaval de 1899, mal sabia que estava fixando um gênero (a marchinha de carnaval) e criando o verdadeiro hino do carnaval.

Carnaval - Reprodução

O gênero frutificou no século que se seguiu, e vai em frente. Continua no rumo indicado faz mais de cem anos: seus temas são o próprio carnaval, as dores e desencontros do amor, a alegria de dançar e beber, a denúncia de escândalos políticos, a violência da polícia – tudo, do amor à política, com muita ironia e a picardia que caracteriza os brasileiros.

Prosa Poesia e Arte
apresenta aqui uma seleção de marchinhas que se tornaram clássicas – seleção incompleta, claro! Mas é uma amostra do gênero inventado por Chiquinha Gonzaga e que continua rindo e fazendo rir e dançar.

Ouça a seleção de marchinhas do Vermelho: 

1 – Ó abre alas
Chiquinha Gonzaga. Foi composta em 1899. Tendo sido a primeira marcha de carnaval, tornou-se uma espécie de hino da festa popular.


2 – O teu cabelo não nega
João e Raul Valença e Lamartine Babo (1929) 
 

3 – Pra você gostar de mim
Joubert de Carvalho (1930)


4 – As Pastorinhas
Noel Rosa e João de Barro, com Silvio Caldas (1934)
 

5 – Pierrô apaixonado
Heitor dos Prazeres e Noel Rosa, com Joel e Gaúcho (1935).
 

6 – Mamãe eu quero
Vicente Paiva e Jararaca (1937).
 

7 – Aurora
Mário Lago e Roberto Roberti, com Joel e Gaúcho (1941)
 

8 – Saca rolha
Zé da Zilda (1954)
 

9 – A turma do funil
Mirabeau/Milton De Oliveira/Urgel De Castro/adapt. Tom Jobim/Chico Buarque (1956)
 

10 – Quem sabe sabe
Joel de Almeida (1956)

11 – Me dá um dinheiro aí
Homero Ferreira (1960)

 

12 – Máscara negra
Zé Kéti e Pereira Matos, com Dalva de Oliveira (1966)
 

13 – Bandeira branca
Max Nunes e Laércio Alves, com Dalva de Oliveira (1970)