UJS lamenta assassinato de militante do Levante Popular da Juventude
A União da Juventude Socialista no Ceará lamenta e repudia o assassinato do jovem Carlos Ridson, morto na última quinta-feira (17), na periferia de Fortaleza. Em nota divulgada nesta sexta-feira (18), a entidade ratifica a luta de Ridson. “Lamentamos profundamente e nos colocamos com ainda mais força nas trincheiras contra o extermínio da juventude negra nas periferias de nossas cidades”.
Publicado 18/11/2016 12:22 | Editado 04/03/2020 16:24

Carlos Ridson Correia Damasceno, 18 anos, era militante do movimento Levante Popular da Juventude e da cultura Hip-Hop. Ele havia saído de uma unidade de acolhimento do sistema socioeducativo há cerca de duas semanas e era o filho mais o velho do histórico militante do Hip Hop Cearense e da Consulta Popular, Cristal do Barroso.
“Estamos em LUTO mas também em LUTA permanente para acabar com o extermínio já juventude preta em nosso país”, ratifica nota do Levante popular no Ceará, divulgada em uma página das redes sociais. "Nós sabemos que trabalhar na periferia envolve a violência e o extermínio da juventude, mas é onde nós temos o potencial de resgatar vidas", diz o coordenador do movimento, Miguel Braz.
Nota da UJS-CE
Toda nossa solidariedade aos companheiros de luta do Levante Popular da Juventude, aos amigos e familiares do jovem Carlos Ridson Correia Damasceno, assassinado na madrugada desta quinta feira, 17. Lamentamos profundamente e nos colocamos com ainda mais força nas trincheiras contra o extermínio da juventude negra nas periferias de nossas cidades. Carlos vive!
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Carlos Ridson foi o quarto jovem do Levante Popular morto no Estado, desde 2012.
Cerca de 200 jovens integram a militância do Levante Popular na capital cearense, atuando nas 25 células localizadas em bairros da periferia da cidade.
A organização utiliza, além do Hip-Hop, outras ferramentas culturais para resgatar jovens em situação de vulnerabilidade social, como teatro, capoeira e dança popular.