Subversão de Cima

No dia 16 de julho a revista eletrônica Resenha Estratégica, que me envia o escritório político do deputado Aldo Rebelo, publica um instigante artigo sobre os episódios que envolvem o banqueiro Daniel Dantas, controlador do “Grupo Opportunity” e os associ

Segundo a referida publicação, as operações da Polícia Federal vêm desvendando as entranhas putrefatas do entrelaçamento de áreas do poder político e interesses econômicos no Brasil.


 



E ele é emblemático da vasta ofensiva de apropriação dos Estados Nacionais por interesses privados ocorrida em grande parte do planeta, principalmente desde a década passada.


 



Mostrando, com muita freqüência, estruturas de crime organizado do tipo máfia russa, disfarçadas sob o falacioso guarda-chuva da “globalização” e protegidas por parte considerável da chamada grande mídia especializada e determinados setores acadêmicos.


 



Tais movimentos estariam no centro da desestruturação dos Estados soberanos, desde os anos noventa do século passado, e agora essa desregulamentação é apresentada, por vários e importantes estudiosos, como uma das causas da atual crise sistêmica do capitalismo.


 



Esse fenômeno provocou um processo agudo de ligação clientelista e patrimonialista, e de submissão do aparelho de Estado ao capital financeiro além de segmentos da grande mídia que mal podem disfarçar a adesão ao que se encontra estabelecido.
A captura das estruturas estatais por parte do movimento de expansão rentista, com o furor intenso das privatizações gerou uma espécie de ideologia mafiosa, contaminando todas as relações que conformam o Estado e em sua total verticalidade.


 


  
A ação do capital especulativo sobre as áreas públicas vai atingindo os limites do equilíbrio em sua capacidade de apoderar-se das relações institucionais, jurídicas, militar e administrativa, já que está provocando uma onda de desestabilização. Algo como uma subversão no vértice da pirâmide social.


 



Ou seja, os de cima desejam subverter a ordem que eles próprios dirigem para melhor explorarem, em condições mais vantajosas ainda. Esse curso persistente provoca escândalos regionais, nacionais e internacionais, como os dos grandes bancos nos EUA, e põe em risco a estabilidade dos Estados.

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