Guerra EUA-China e neoliberalismo na Argentina derrubam comércio
O menor superávit desde 2015. Esse é o resultado da balança comercial brasileira em 2019. O saldo do ano passado foi positivo em US$ 46,7 bilhões, 19,6% abaixo do registrado em 2018.
Publicado 04/01/2020 18:04

Tanto importações como exportações recuaram. No caso das vendas para fora, a queda foi consequência, principalmente, da crise argentina e da guerra comercial dos Estados Unidos contra a China, que reduziu o comércio global.
No ano, as exportações somaram US$ 224 bilhões, registrando queda de 7,5% na comparação com a média diária de 2018. Já as importações chegaram a US$ 177,3 bilhões, com retração de 3,3% na média diária.
Na apresentação do resultado da balança comercial, o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou que o foco do governo não é a obtenção de saldos comerciais, mas a elevação da corrente de comércio – ou seja, do volume de exportações e importações somados.
Ferraz justificou, porém, que o comércio em todo o mundo tem crescido de forma mais lenta. Além disso, “choques de curto prazo” também afetaram o desempenho da balança, como a febre suína na China, que reduziu as compras de soja.
Mercadorias industrializadas, como carros e autopeças, estão entre as que registraram as maiores reduções nos embarques, com recuo de 11,1% da média diária. Tendo como principal comprador a Argentina, que enfrentou em 2019 seu segundo ano de recessão, sob o regime neoliberal, esses produtos acabaram tendo seus embarques reduzidos. O país vizinho diminuiu suas compras do Brasil em 35,6%.
Um comentario para "Guerra EUA-China e neoliberalismo na Argentina derrubam comércio"
Os comentários estão desabilitados.