Nísia é recebida pelo Papa Francisco e participa do G7
Em agenda no Vaticano, Nísia Trindade debateu com o pontífice o impacto das mudanças climáticas na saúde. Ela participa de encontro, em Ancona, com ministros da saúde do G7
Publicado 10/10/2024 12:28 | Editado 10/10/2024 14:24

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, cumpre agenda nesta semana na Itália, onde foi recebida pelo Papa Francisco no Vaticano e participa de reunião com os ministros de saúde do G7.
Na quarta-feira (9), Trindade esteve com o Papa, oportunidade em que falou sobre o impacto das mudanças climáticas, em especial no caso das enchentes que ocorreram no Rio Grande do Sul – situação acompanhada de perto pelo líder da igreja católica.
“O Papa Francisco acompanha com muito interesse tudo o que estamos realizando no Brasil com o trabalho liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além de termos conversado sobre grandes desafios na saúde, como o cuidado integral à população, falamos de um tema de grande interesse do papa, que é o impacto das mudanças climáticas na saúde”, apontou Trindade.
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Na ocasião também trataram da proposta brasileira apresentada ao Grupo dos 20 (G20) para estabelecer a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. A iniciativa do Brasil foi aprovada por aclamação pelo G20 neste ano, durante conferência do Rio de Janeiro.
Na sua agenda no Vaticano, a ministra ainda foi recebida pelo presidente da Pontifícia Academia para a Vida, monsenhor Vincenzo Paglia.
Com ele debateu, de acordo com o governo, o trabalho do Brasil no campo do desenvolvimento da inteligência artificial (IA) e seus riscos e benefícios. Dessa forma foi apresentado ao sacerdote o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) 2024-2028, que visa capacitar servidores públicos, incluindo a área da saúde, para o uso de IA com o objetivo de alcança até de 115 mil servidores até o final de 2026.

Por sua vez, Paglia apresentou a nova lei de cuidado integral aos idosos, que encaminhou ao Parlamento da Itália. A proposta, de acordo com Nísia, é convergente ao que se trata no Brasil, que atualmente conta com 16% da população (33 milhões de brasileiros) de idosos.
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Antes dessa agenda, a ministra brasileira esteve, na terça-feira (8), com o arcebispo Paul Richard Gallagher, chanceler e ministro das Relações Exteriores do Vaticano. Na ocasião, ela havia adiantado os temas sobre o combate à fome encabeçados pelo governo Lula que vieram a ser tratados no dia seguinte com o próprio Papa e o monsenhor Vincenzo Paglia.
Conforme colocou nas suas redes, com o arcebispo tratou sobre preservação ambiental, com olhar atento para a Amazônia e mudanças climáticas, questões sobre a proteção das crianças, população idosa e as gestantes, assim como a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, sempre no sentido do estreitamento de laços para a busca de soluções conjuntas para desafios globais na saúde.
G7
Em Ancona, na Itália, ocorre entre 9 e 11 de outubro a reunião dos ministros de saúde do G7, grupo de países mais poderosos do mundo: Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.
O Brasil participa como convidado e Nísia Trindade esteve na abertura das sessões de ministros do G7 que foi seguida de discussão sobre a abordagem Uma Só Saúde, com foco na resistência antimicrobiana como ameaça sanitária global. O tema é considerado um problema de saúde mundial e ocorre quando os microorganismos, como bactérias, fungos, vírus e parasitas, se tornam resistentes aos medicamentos usados para tratá-los.
Outra sessão ainda tratou sobre as mudanças climáticas na perspectiva integral de Uma Só Saúde.
Na sequência a ministra teve uma reunião bilateral com o ministro da Saúde do Canadá, Mark Holland, para tratar sobre a cooperação internacional e ajuda no enfrentamento de crises e prevenção de desastres. De acordo com o que foi apontado nas suas redes, o encontro visa unir forças para superar desafios globais como pandemias, emergências de saúde pública e mudanças climáticas, que afetam diretamente a saúde da população.
Ela também esteve com o secretário de Saúde do Reino Unido, Wes Streeting, para fortalecer laços entre os países e discutir questões estratégicas de saúde, enfatizando a necessidade de cooperação internacional para desenvolver soluções inovadoras e resilientes. Até o final do encontro outras agendas bilaterais devem ocorrer.
*Com informações Ministério da Saúde