Governo trocará dívidas de hospitais por atendimento a pacientes do SUS
O objetivo do governo é reduzir a fila de espera de cirurgia e atendimento especializado para os pacientes do sistema público. Valor da dívida de 3.537 instituições chega ao total de R$ 34 bilhões
Publicado 24/06/2025 17:01 | Editado 24/06/2025 20:08

Os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Fernando Haddad (Fazenda) anunciaram nesta terça-feira (24) que os hospitais privados e filantrópicos poderão trocar suas dívidas por atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Dessa maneira, os hospitais vão receber créditos tributários para que sejam abatidos no pagamento dos impostos.
O objetivo do governo é reduzir a fila de espera de cirurgia e atendimento especializado para os pacientes do SUS.
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“Estamos criando mecanismos que permitam que onde estejam os médicos e equipamentos, a gente leve os pacientes do SUS. Oferecer um arranjo que hoje é exclusivo para quem tem plano de saúde, ou para quem paga por essa cirurgia, ou consulta especializada”, explicou Padilha.
De acordo com Haddad, a dívida desse segmento com o governo federal é de aproximadamente R$ 34 bilhões. Ao todo são 3.537 instituições nessa situação.
“É um misto de Prouni [Universidade para Todos] com Desenrola [programa de parcelamento de dívidas]. É um híbrido de vários instrumentos de gestão pública para criar um ambiente que saneie instituições históricas, centenárias, que estão com problemas de endividamento”, ressaltou o ministro.
Após analisar a oferta de atendimento, o governo estima conceder crédito de R$ 2 bilhões ao ano com as dívidas sendo abatidas a partir de janeiro de 2026.
A expectativa é que os primeiros pacientes sejam atendidos em agosto. Os hospitais poderão aderir ao programa depois da publicação das portarias no Diário Oficial da União.