À imprensa, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) disse que é hora da mobilização popular contra o golpe. "Precisamos mostrar ao povo brasileiro porque a presidenta está sendo retirada (…), sem que tenha cometido qualquer crime de responsabilidade". Vanessa denuncia "o tribunal de exceção". Essa denúncia veio do partido [PSDB] que perdeu as eleições. O caso é muito grave, pois estão "rasgando a Constituição e instalando um momento de completa desestabilização institucional no país".
Semana passada foi amplamente noticiado que Michel Temer vai recriar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), extinto pela presidente Dilma Rousseff. Provavelmente com novo nome, a pasta terá uma estrutura mais próxima do antigo SNI (Serviço Nacional de Informações), a quem ficará vinculada a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Por Fernando Marcelino*, Sul21
O perfil predominante entre os membros do Senado é o de um homem, branco, com curso superior (Direito é o mais comum), investigado pela Justiça e com boas chances de ser membro da bancada ruralista.
Por Ingrid Fagundez e Renata Mendonça, na BBC Brasil
O gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin distribuiu nesta quarta-feira (11), a informação que a Corte recebeu da Justiça de São Paulo, na última sexta-feira (6), uma investigação que envolve os ex-prefeitos da cidade de São Paulo, José Serra (PSDB-SP), Marta Suplicy (PMDB-SP) e Gilberto Kassab (PSD-SP).
Está claro que o governo golpista de Michel Temer começa frágil. Primeiro, porque os personagens que o cercam têm imagem péssima e capivaras gigantes na Justiça. E, em segundo lugar, porque o vice golpista colocará em ação um plano ultra-liberal, na linha do adotado por Macri na Argentina; só que fará isso sem ter recebido o aval das urnas.
Por Rodrigo Vianna*, no blog Escrevinhador
O Brasil desconhece o Brasil, uma certa Buenos Aires tampouco sabe o que se passa na periferia da capital argentina, aqui tiro uma buena onda com o amigo Washington Cucurto, meu escritor portenho contemporâneo predileto, mais para a cumbia do que para o tango, mais para a linguagem da rua e de los perros callejeros, digo, os vira-latas, do que para os cães de madame.
Por Xico Sá*, no El País
Acompanhe ao vivo, com retransmissão da TV Senado, a sessão que votará o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff que começa às 9h desta quarta-feira (11). Cada senador terá 15 minutos para seu discurso. A sessão está dividida em três blocos: de 9h às 12h; das 13h às 18h; e das 19h até o termino da votação.
Um grupo de "mulheres contra o golpe" estiveram nesta terça-feira (10), no Senado e se manifestarem contra o machismo e o golpismo. Em uma marcha, elas entoavam: "golpistas, machistas, não passarão!" e traziam cartazes com os dizeres "Dilma fica", "Golpe não!", "O Golpe é uma vergonha nacional". Elas foram expulsas da Casa, mas não deixaram de gritar palavras de ordem até a saída do prédio do Senado.
A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) analisa o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff que será votado nesta quarta-feira (11) no Senado. Ela reconhece que "infelizmente os golpistas" deverão aprovar o andamento do processo, mas a senadora ainda tem "esperança" e "confiança" que o movimento popular e os mais diversos setores da sociedade continuarão em luta. "Vamos continuar lutando com a convicção que temos à democracia. A democracia vale a nossa luta", completa.
O líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), analisou a decisão da Advocacia Geral da União (AGU) em recorrer ao STF para suspender o processo de impeachment. “O Supremo Tribunal Federal não pode se omitir daquilo que foge à previsão constitucional, à previsão regimental. Quando tratou do rito do impeachment, eles não consideraram que fosse assunto interno da Câmara dos Deputados, espero que na análise desta fase final também não o façam”, declarou o depudado.
Em defesa da legalidade e da democracia, cada vez mais advogados e juristas se unem na tentativa de barrar o processo ilegal de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. O movimento já reuniu mais de 70 assinaturas e lançou no Avaaz – ferramenta de petição comunitária e virtual -, um abaixo-assinado para reunir mais assinaturas em torno do manifesto a ser entregue à Câmara dos Deputados, ao Senado Federa e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A assessoria de imprensa do Instituto Lula negou a informação divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo nesta segunda-feira (9) que o ex-presidente havia dado declarações e "comemorado" a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, de anular o processo de impeachment.