50 tons de vermelho
A pressão continua e cada vez mais forte. Um "amigo" virtual até bem intencionado, me envia um convite para certa manifestação pro-impeachment da Presidenta, questionei-o sobre o assunto e ele me respondeu que não tinha certeza de que este é o caminho, que ele julga, necessário para conquistar (ele) as mudanças. Insisti então o porquê de tal atitude? Logo ele que não considerava um radical?
Publicado 09/03/2015 14:51
Ele me disse num resumo, que me pareceu sincero: “O que eu vejo na TV, ouço nos rádios e leio nos jornais, me impelem para uma atitude como esta".
Aí está. A imprensa, sempre ela, intensificou bombardeios diários e até horários com ataques diretos e indiretos a Presidenta Dilma.
A Folha de São Paulo escancarou. Está medindo até supostas "vaias" que a Presidenta, teria recebido, enquanto do seu pronunciamento televisivo.
A Globo faz "chamadas", numa atitude nada sútil de manifestação da conhecida tendenciosidade. Só falta o tal de "Imperador", personagem de uma novela global, dizer nos próximos capítulos, para a sua amante Isis, para participar da "passeata" e aumentar na forma de "merchan" a agitação da TV carioca.
A luta é intensa, a tensão é visível. Hoje segunda-feira, já há uma espécie de artificialismo no ar. Intensificar-se-á as ações perversas da mídia. Inevitável um clima de confronto. Que, aliás, não é só clima!
As movimentações se sucedem o "partido" batizado por Paulo Henrique Amorim de PIG (Partido da Imprensa Golpista) está trabalhando a todo vapor e intensidade. O objetivo é claro, mobilizar muita gente e comparar com Junho de 2013 e assim, acuar a força política e partidária que dirige o governo. São ações orquestradas e articuladas. A base deste "movimento" é a classe média, em especial a Paulista e paulistana. Mas se estende ao sudeste todo. A mesma Classe média que sonha ser rica e não tem coragem de agir para assim se tornar. Aquela mesma "classe" que compra carrões, mas que não consegue pagar e devolve. Vive de aparências e posa de ética. Mas ao mesmo tempo suborna o porteiro, segurança da Balada ou mesmo o guarda de trânsito, mas insiste em dizer de forma escandalosa que a culpa de tudo é do PT.
A luta, repito, é intensa e dura. As forças politicas e em especial a Presidenta e seus aliados, precisam reagir.
Construir uma pauta positiva. Se apoiar nas camadas populares e nos movimentos sociais. Parar com a arrogância pedante daqueles que só ouvem os puxa-sacos e enfrentar a realidade complexa e dificil do momento no Brasil.
Insistir no caminho que consolide as mudanças e parar de utilizar a mesma agenda dos derrotados para debelar a crise. Se não tomar uma atitude consequente é rápida, começará a entrar em cena a "ingovernabilidade" com resultados imediatos desastrosos para o povo.
Mas ao iniciar a semana, recebo outro convite, de um amigo real e militante. Fui lêr e vi uma mensagem me convidando para ir as ruas no próximo dia 13. O que deve ser, imagino eu, uma reação daqueles que pertencem ao Partido da Presidência.
As manifestações são um direito adquirido pelos brasileiros a partir de muita luta e por isso temos que conviver com as manifestações de qualquer tipo. A favor e contra e talvez muito pelo contrário.
Mas acho que tal confronto, neste momento, pode ser um tiro que sairá pela culatra. Medir forças sem enfrentar politicamente os problemas, pode não ser uma boa. Este estilo “torcida de futebol” na política não resultará em boa coisa.
A data dia 13 numa clara alusão ao partido da Presidenta já mostra uma postura estreita e com ela dificilmente sairemos vitoriosos. A chamada a "Camisas Vermelhas" é outro sintoma grave. Afinal o que está em jogo não são as cores das agremiações partidárias e nem da preferência governamental. O que está em jogo é o futuro do Brasil.
E só ampliando com radicalização é que nos permitirá sair desta encalacrada. Radicalizar em defesa das mudanças e do povo pode ser uma luz no fim do túnel.
Se possível num certo tom de vermelho.