Adeus Eleno, viva o Sindicato!

Os metalúrgicos de São Paulo e do Brasil perderam, no sábado dia 20, um grande dirigente sindical com a morte trágica de Eleno Bezerra, presidente do sindicato e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos.

Para uma categoria que ultrapassou a marca de dois milhões de trabalhadores e que vem demonstrando uma combatividade crescente e unitária, a direção de Eleno representava uma etapa de consolidação, de avanço e de qualificação.


 


 


Com seu estilo próprio, cultivando amizades e se aprimorando com afinco, Eleno era um dos esteios do mais avançado sindicalismo brasileiro. Para seus colegas de diretoria (no sindicato, na confederação e na Força Sindical) era uma referência certa e um amigo.


 


 


O sindicato na conjuntura positiva que vive o país tem crescido em todos os setores. Sem medo de errar afirmo que o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes quer se constate a unidade da diretoria, quer se avalie a sustentação nas fábricas, quer se contabilizem os serviços e os recursos, atravessa uma fase invejável. E logo agora, pela fatalidade, Eleno foi afastado de suas tarefas e de nós.


 


 


Ao seu velório o comparecimento maciço do mundo sindical, do mundo político (a começar pelo presidente Lula, comovido e inspirado, que pela primeira vez pisou no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo), das lideranças empresariais e dos amigos e familiares confirmou a importância da categoria metalúrgica, do sindicato e o respeito à memória do falecido.


 


 


Nas grandes monarquias do passado que governavam Estados poderosos havia um ritual sintetizado na frase: o rei morreu, viva o rei!


 


 


O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, grande instituição histórica e classista dos trabalhadores resolveu, apesar do infortúnio e da tristeza, de maneira correta e prontamente o problema criado pela falta de Eleno.


 


 


Sob o comando firme e experiente de Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, a diretoria do sindicato, cumprindo o estatuto, garantindo a legitimidade da escolha e com unanimidade apontou o secretário geral, Miguel Torres, para presidir seus destinos, enfrentando as tarefas urgentes da campanha eleitoral municipal e a campanha salarial em curso, passando a ser, em substituição de Eleno, mais que o presidente, o organizador do futuro, o seu líder e o dirigente dos delegados sindicais e da categoria metalúrgica.

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