Aécio tristeza

Impressionante o desempenho de Aécio candidato. Sujeito meio que sem cara, quase já no fim da campanha.

mpressionante o desempenho de Aécio candidato. Sujeito meio que sem cara, quase já no fim da campanha.

Eleito senador, parece que quis enfrentar a “polarização PT X PSDB” com jeitinho mineiro. Depois, vestiu a carapuça de dureza contra o PT, “contra o que está aí”. Quis servir a FHC e sua tropa. Mas faltava-lhe fibra e história para isso e até, talvez, a desfaçatez necessária.

Perdendo o posto que considerava líquido e certo de polaridade contra Dilma, nas primeiras semanas dançou um minueto escalafobético com Marina, prá lá e prá cá, não deixando claro o que pensava da sua concorrente e conseguindo o grande feito de não se demarcar a tempo.

Aventurou-se em terreno impróprio na campanha e foi trôpego no fator previdenciário. Sobrou oportunismo e demonstrou Incrível falta de senso de oportunidade.

Como candidato nunca vi igual: seu semblante transmite ao vivo e em cores toda a agonia que lhe vai na alma a cada momento, pelo olhar.

Fosse ao segundo turno, seria um adversário exangue. Perderá Minas Gerais para Dilma e Pimentel! Sua base social eleitoral, classe média alta principalmente de São Paulo, está descrente.

Não indo, como não deve ir ao segundo turno, desvalorizou o próprio capital político, como Alckmin, que viu o refluxo de sua votação no seu próprio Estado em 2006.

Candidato tristeza. Nem toda a culpa lhe cabe, porém. Os tucanos não têm apelo popular nem base social eleitoral extensa – a mídia, felizmente, não vota, e os financistas são poucos… Fosse para acreditar em Aécio, deviam tê-lo lançado em 2010, e não a Serra, para agora poder manejar o recall. Do jeito que foi, não vai deixar recall nem para 2018 contra o provável Lula.

Artigos assim são, lamentavelmente, de muitos adjetivos. É que nada há de substantivo.

As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
Autor