Alckmin: arrogante e truculento

O debate promovido pela Rede Bandeirantes de televisão no último domingo, entre os dois candidatos à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, foi marcado pela agressividade leviana, arrogância e destempero verbal protagonizado

O paulista de Pindamonhangaba escondeu durante todo o primeiro turno das eleições a sua verdadeira face autoritária, reacionária e fascista. Mas a inesperada ida ao segundo turno das eleições trouxe à tona a sua personalidade perversa e totalitária.


 



Mas de onde vem esta personalidade perversa, esta agressividade e leviandade?


 



Da prática do médico Geraldo Alckmin de anestesiar pacientes, adormecendo-os, logo transformando-os em pessoas indefesas, passíveis de toda e qualquer agressividade cirúrgica?


 



Da prática religiosa vinculada ao Opus Dei, que cultua a penitência física, com introdução de cilício nas coxas (corrente com pontas), chicotadas nas costas e castidade?


 


 


Da saudade da ditadura militar, que impunha tortura aos brasileiros, alguns até a morte, como forma de obter informações e confissões para serem utilizadas contra a resistência democrática e popular?


 


 


Da relação com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o bando de Marcola, que durante anos em São Paulo foram tratados a pão de ló (expressão mineira que indica tratamento diferenciado) pelo então governador Geraldo Alckmin, chegando ao absurdo de negociar televisões de plasma para que o bando de Marcola assistisse à Copa do mundo nas prisões?


 



Da sua relação partidária com dom FHC, o Príncipe das Trevas, que apagou o Brasil, criminalizou o movimento social, invadiu refinarias com o exército, comprou votos para reeleição, privatizou as empresas estatais, favorecendo empresas estrangeiras?


 



Da relação com ACM, Marcos Maciel, Romeu Tuma e milhares de outros personagens da história recente, que passaram vinte anos na ditadura militar, matando, perseguindo e prendendo opositores políticos do regime ditatorial?


 



Da identificação ideológica com George Bush, o presidente estadunidense que lançou a doutrina Bush de guerra infinita, contra países e povos, e propôs em debate televisivo agredir o povo boliviano, pobre e miserável, porque eles defenderam a nacionalização dos seus recursos naturais?


 



Depois de todas essas observações pessoais e históricas, chego a conclusão, a partir do debate de domingo, após duas horas e meia de olho na telinha, que a arrogância e a truculência patrocinadas pelo candidato Geraldo Alckmin são partes constitutivas do seu caráter e da sua personalidade. O pseudocandidato à Presidência da República mais parece um facínora de duas caras, que sequer em três meses de campanha apresentou o seu verdadeiro programa de governo, como, da mesma forma, escondeu durante meses a sua verdadeira personalidade.


 



Quanto ao programa de governo do candidato tucano, em meados deste ano, o presidenciável foi ao programa Roda Viva (é só pedir a fita gravada) e expôs seu projeto com desenvoltura e transparência. Reforma trabalhista, reforma de previdência, reforma sindical, cortes em custeio da máquina pública (funcionalismo), cortes em programas sociais, retorno das negociações para implantar a Alca, tratamento duro com o MST (criminalização do movimento social), maior ortodoxia na política macroeconômica (ajuste fiscal, juros e política monetária), choque de gestão etc.


 



Estamos a menos de vinte dias das eleições, a máscara do candidato caiu, o povo brasileiro e fundamentalmente o povo mineiro tiveram a oportunidade de ver o comportamento racista e fascista do tucano.


 



Como disse um senhor simples, do povo, nesta manhã de hoje, na Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, “se ele faz aquilo que fez com um presidente da República, imagina o que não fará contra o povo pobre deste país”. Em Minas, não gostamos de arrogância e muito menos de truculência. No país, refutamos o neoliberalismo e a ditadura. Portanto, é preciso nestes próximos dias aumentar nossa indignação contra um projeto de candidato e mais precisamente contra o candidato que parece um diabo em forma de tucano.

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