Amazônia: realidade & histeria

A pretensão de transformar a Amazônia numa área de “gestão compartilhada”, ou seja, em patrimônio da humanidade, é algo que sempre esteve presente na estratégia dos países imperialistas.

A tentativa de arrendamento do Acre (bolivian sindicate), a permuta de empréstimos por cessão de grandes áreas (fordlandia e belterra), a teoria dos grandes lagos e o instituto da hiléia, está entre as diversas táticas utilizadas. A tática tem variado com o tempo, não o objetivo.


 


No presente a questão ambiental é o principal recurso tático utilizado, mesmo se sabendo que a Amazônia contribui para limpar o meio ambiente. O aquecimento global decorre da emissão de combustíveis fosseis (25% apenas os EUA) e não do eventual desmatamento da Amazônia, pelo menos nos patamares atuais.


 


Seria estupidez negar que se não houver rigoroso controle ambiental boa parte de nossa floresta vira pó em pouco tempo. Mas é igualmente tendencioso insinuar que o atual nível de desmatamento da Amazônia se aproxima do apocalipse, como recentemente o noticiário fez parecer diante dos dados divulgados pelo INPE.


 


 


Quem eventualmente teve o cuidado de fazer uma simples conta de aritmética pôde constatar o que nós estamos afirmando. Se somarmos toda a área desmatada e dividirmos pela extensão da Amazônia concluiremos que seriam necessários algo próximo de 7 mil anos para consumir toda a nossa floresta. Esses anos chegam a quase 10 mil quando esta operação é feita apenas para o estado do Amazonas. Sinceramente, eu não acredito que esse tipo de histeria seja gratuita.


 


No que diz respeito ao Amazonas tomaremos as providências para que não haja nem o “predadorismo” e nem o “santuarismo”. Persistiremos, como fizemos a vida inteira, defendendo o desenvolvimento em bases sustentáveis, especialmente a produção de alimentos, algo objetivo, que terá que ser produzido no Amazonas ou em outros estados, a custa de nossos recursos e postos de trabalho. Sem mencionar a dependência de caráter estratégico.

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