Associar ao genocídio

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Rio de Janeiro, 21 de Julho de 2020.

Pai,

Um ministro do STF disse que o exército estava se associando a um genocídio.
Como no meio de uma pandemia, o exército se sujeita a ter um oficial leigo à frente da saúde do país?
Estamos em uma guerra contra o Covid-19, e o exército aceita deixar um general inexperiente comandando esta guerra?
Se isso não é ser cúmplice de um genocídio, eu não sei o que é!
Semana passada, em homenagem às 75 mil vítimas da pandemia (hoje já passaram de 80 mil), as forças armadas como recompensa ganharam 75% de aumento em seus salários. 1% pra cada mil mortos!
Quando as recomendações são de distanciamento, principalmente se tratando dos índios, que não tem as mesmas defesas do organismo que a gente, eles deixaram as esposas dos militares terem contato com as crianças da tribo.
Elas foram maquiar as crianças, pai, colocando as indiazinhas em risco!
O primeiro genocídio foi em 1500, com doenças e chacinas, dos donos da terra.
O segundo genocídio, foi durante a ditadura militar, quando mais de 8 mil índios foram mortos. Foram massacrados pela violência e pelas doenças, quando invadiram mais ainda suas terras.
E ainda abandonaram os que restavam, sem os proteger dos invasores, que iam atrás das riquezas que tinham por lá.
Pode ser o terceiro genocídio desta vez!
Só que agora, pode não sobrar nenhum índio pra pedir música no Fantástico.
Um beijo do seu filho,
Ivan

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