Crença no Brasil

O Presidente Lula, desde que assumiu o governo, em janeiro de 2003, vem se empenhando pessoalmente – diria mais, obstinadamente – em fortalecer a auto-estima do brasileiro e sua crença no Brasil. Nada mais apropriado num país que precisa acreditar em si próprio, sobretudo nas enormes potencialidades do seu povo, para enfrentar os desafios que tem pela frente.

Historicamente, as elites nacionais e forâneas que sempre espoliaram a nação, fizeram-no fazendo crer aos brasileiros que são preguiçosos, pouco inteligentes, mais afeitos à folia que ao trabalho, corruptos, algo como uma sub-espécie em relação aos padrões ótimos norte-americanos e europeus.

Modo clássico e astucioso das elites seguirem usurpando as riquezas da nação sob a anuência de um povo rebaixado em sua auto-estima. Vê-se, portanto, como o empenho de Lula em realimentar o orgulho do brasileiro marcha na contra-corrente da opressão nacional e de classe.

O Brasil carece de um novo projeto nacional de desenvolvimento que o faça ainda mais soberano, que o faça justo e democrático. Um projeto que exige, de largada, coesão em torno dos seus objetivos centrais, a crença de que o Brasil poderá dar certo se o povo acreditar em si próprio, em sua força e seu talento, no destino grandioso do seu país.

É profunda a consciência do Presidente Lula a respeito dessa imperiosa necessidade de robustecer a auto-estima dos brasileiros. Daí insistir nisso e agir sempre nesse sentido. É preciso que mais a mais o sigam, ajudem a construir essa consciência. E politizá-la.