Defender a Copa e o país
Dia destes esteve em Foz do Iguaçu o ministro Aldo Rebelo para lançar o projeto do Centro de Excelência para o Futebol Feminino (projeto do Parque Tecnológico da Itaipu), conhecer o terreno onde será construído o Centro de Iniciação Esportiva (projeto do Ministério) e aproveitar para ver o andamento das obras de reforma do Estádio Pedro Basso, onde treinarão os jogadores da Coréia do Sul, que ficarão hospedados nesta tríplice fronteira.
Publicado 05/03/2014 16:17
Postamos fotos, elogiamos as iniciativas, todas muito importantes e resultantes de um visão de que é com a construção de centros de treinamentos que produziremos os atletas do futuro, que daremos oportunidade a praticantes de um esporte tão discriminado em nosso país como o futebol feminino e principalmente que ampliando as oportunidades de prática de esporte daremos mais condição de cidadania ao nosso povo. Sem contar, que as cidades que recebem a infraestrutura esportiva, como Foz, também se colocam no cenário para serem sedes de treinamentos de modalidades para as Olimpíadas de 2016 e para equipes/delegações que queiram se preparar por aqui para as mais diversas competições internacionais.
Ou seja, com o investimento em infraestrutura esportiva produzimos educação, saúde, cidadania, atividade econômica e oportunidades.
No entanto, quando divulgamos as ações do Ministério do Esporte em nossa cidade tivemos que conviver com “opiniões” como: “respeito o futebol feminino, mas preferia que este dinheiro fosse investido em educação e saúde”. E outros neste caminho… Claro que a maior parte dos comentários foram de apoio, de aplauso, o que mostra que a maioria da população não caiu na cantinela das pitonisas do apocalipse (para usar uma expressão do ministro Aldo Rebelo).
Mas é claro que boa parcela do população está encantada com este discurso contra a Copa, com este discurso de que vai ser uma tragédia, deveria se gastar este dinheiro com educação, com saúde e outros chavões repetidos diariamente nas redes sociais, nas reportagens da grande mídia, no discurso neotucano…
Discurso este que pretende contaminar não só a realização da Copa do Mundo e a Olimpíada, como todos os outros investimentos em esporte e em estrutura para eventos esportivos.
Assim como os discursos contra a Copa, comentários como os efetuados em Foz sobre gastos com estrutura esportiva, não se preocupam em buscar informações corretas sobre a origem das recursos, sobre as fontes de financiamento e sobre o objetivo das obras.
No caso do Centro de Excelência do Futebol Feminino, a participação do Ministério do Esporte está em viabilizar o apoio e na efetivação da Lei do Incentivo aos Esporte. Todo o recurso para a obra será captada através da Lei e sua administração será efetuada pela Fundação PTI – Parque Tecnológico da Itaipu.
Mas mesmo que todo o investimento fosse feito através do Orçamento da União, como serão os centros de iniciação esportiva espalhados pelo país, por que não apoiar um projeto que pretende ser a base do futuro do futebol feminino do Brasil? Neste centro de treinamento nascerão atletas, que não só representarão nosso país, como terão a oportunidade de terem um caminho que talvez não teriam fora do esporte.
Muitos dos nossos se sentem acuados com a agressividade deste discurso e se tornam impotentes para defender não só os eventos esportivos programados (Copa e Olimpíada), como o legado que ficará para o país, seja na área esportiva, seja na infraestrutura, seja como divulgação do destino turístico.
Defender os esforços feitos para viabilizar a Copa do Mundo e as Olimpíadas, não é só defender os eventos, mas a coragem de acreditar em um país grande e com oportunidades. Se preparar para este embate, é divulgar que os gastos com infraestrutura não serão só para a Copa ou para as Olimpíadas, mas para a nação. Debater que não há recursos orçamentários para os estádios e sim investimentos do BNDES, recursos que se pagarão com a própria estrutura construída e que acima de tudo, a realização da Copa e da Olimpíada não diminuiu os investimentos em saúde e em educação (pelo contrário).
Há dados importantes sobre todas estas informações no Portal da Transparência do Governo Federal, cabe a cada um que luta para que o país continue sua rota de desenvolvimento, buscar estas informações e se armar em defesa, não dos eventos esportivos, mas em defesa de um país desenvolvido, mais justo e solidário.