Defender a Copa e o país

Dia destes esteve em Foz do Iguaçu o ministro Aldo Rebelo para lançar o projeto do Centro de Excelência para o Futebol Feminino (projeto do Parque Tecnológico da Itaipu), conhecer o terreno onde será construído o Centro de Iniciação Esportiva (projeto do Ministério) e aproveitar para ver o andamento das obras de reforma do Estádio Pedro Basso, onde treinarão os jogadores da Coréia do Sul, que ficarão hospedados nesta tríplice fronteira.

Postamos fotos, elogiamos as iniciativas, todas muito importantes e resultantes de um visão de que é com a construção de centros de treinamentos que produziremos os atletas do futuro, que daremos oportunidade a praticantes de um esporte tão discriminado em nosso país como o futebol feminino e principalmente que ampliando as oportunidades de prática de esporte daremos mais condição de cidadania ao nosso povo. Sem contar, que as cidades que recebem a infraestrutura esportiva, como Foz, também se colocam no cenário para serem sedes de treinamentos de modalidades para as Olimpíadas de 2016 e para equipes/delegações que queiram se preparar por aqui para as mais diversas competições internacionais.

Ou seja, com o investimento em infraestrutura esportiva produzimos educação, saúde, cidadania, atividade econômica e oportunidades.

No entanto, quando divulgamos as ações do Ministério do Esporte em nossa cidade tivemos que conviver com “opiniões” como: “respeito o futebol feminino, mas preferia que este dinheiro fosse investido em educação e saúde”. E outros neste caminho… Claro que a maior parte dos comentários foram de apoio, de aplauso, o que mostra que a maioria da população não caiu na cantinela das pitonisas do apocalipse (para usar uma expressão do ministro Aldo Rebelo).

Mas é claro que boa parcela do população está encantada com este discurso contra a Copa, com este discurso de que vai ser uma tragédia, deveria se gastar este dinheiro com educação, com saúde e outros chavões repetidos diariamente nas redes sociais, nas reportagens da grande mídia, no discurso neotucano…

Discurso este que pretende contaminar não só a realização da Copa do Mundo e a Olimpíada, como todos os outros investimentos em esporte e em estrutura para eventos esportivos.

Assim como os discursos contra a Copa, comentários como os efetuados em Foz sobre gastos com estrutura esportiva, não se preocupam em buscar informações corretas sobre a origem das recursos, sobre as fontes de financiamento e sobre o objetivo das obras.

No caso do Centro de Excelência do Futebol Feminino, a participação do Ministério do Esporte está em viabilizar o apoio e na efetivação da Lei do Incentivo aos Esporte. Todo o recurso para a obra será captada através da Lei e sua administração será efetuada pela Fundação PTI – Parque Tecnológico da Itaipu.

Mas mesmo que todo o investimento fosse feito através do Orçamento da União, como serão os centros de iniciação esportiva espalhados pelo país, por que não apoiar um projeto que pretende ser a base do futuro do futebol feminino do Brasil? Neste centro de treinamento nascerão atletas, que não só representarão nosso país, como terão a oportunidade de terem um caminho que talvez não teriam fora do esporte.

Muitos dos nossos se sentem acuados com a agressividade deste discurso e se tornam impotentes para defender não só os eventos esportivos programados (Copa e Olimpíada), como o legado que ficará para o país, seja na área esportiva, seja na infraestrutura, seja como divulgação do destino turístico.

Defender os esforços feitos para viabilizar a Copa do Mundo e as Olimpíadas, não é só defender os eventos, mas a coragem de acreditar em um país grande e com oportunidades. Se preparar para este embate, é divulgar que os gastos com infraestrutura não serão só para a Copa ou para as Olimpíadas, mas para a nação. Debater que não há recursos orçamentários para os estádios e sim investimentos do BNDES, recursos que se pagarão com a própria estrutura construída e que acima de tudo, a realização da Copa e da Olimpíada não diminuiu os investimentos em saúde e em educação (pelo contrário).

Há dados importantes sobre todas estas informações no Portal da Transparência do Governo Federal, cabe a cada um que luta para que o país continue sua rota de desenvolvimento, buscar estas informações e se armar em defesa, não dos eventos esportivos, mas em defesa de um país desenvolvido, mais justo e solidário.

As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
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