Dois coelhos de uma só cajadada

Sem nenhuma presunção, cabe assinalar que na manhã de ontem a Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara Municipal do Recife (que esse amigo de vocês preside) matou dois coelhos de uma só cajadada. Feriu, num debate muito esclarecedor e produtivo, qu

Isso numa audiência pública que contou com as contribuições marcantes do secretário de Finanças da Prefeitura do Recife, Marcelo Barros, e do economista José Raimundo Vergolino, professor e pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, além dos vereadores presentes, destinada a examinar a política fiscal como indutora do desenvolvimento econômico local.


 


 


Apenas uma manhã de debate, mas o suficiente para sublinhar com argumentos sólidos o papel preponderante do poder local na indução das atividades econômicas – seja através dos gastos públicos, seja mediante uma política fiscal ajustada às circunstâncias de cada momento. Em outras palavras, num plano micro, discutiu-se o que numa visão macro muitos questionavam, mas a crise global do sistema capitalista em curso tratou de afirmar: o Estado é parte da solução da crise, e não causa.


 


 


O tema é oportuno sob todos os títulos, mormente pelo fato de que Pernambuco conhece hoje o início de um novo ciclo de crescimento (a despeito das conseqüências locais da crise global) com profundas repercussões sobre a vida da capital e das treze outras cidades que compõem a Região Metropolitana do Recife.


 


 


E o modo de debatê-lo – em audiência pública com a participação de representantes de entidades de trabalhadores e empresários e integrantes da comunidade técnica -, por seu turno, contribui para aproximar a câmara da sociedade. E, de fato, presenças qualificadas participaram da audiência e deram a sua contribuição.


 


 


 


O trabalho realizado ontem seguirá com a discussão de outros temas igualmente candentes, como a formação e a capacitação de recursos humanos tendo em vista o novo mercado de trabalho regional em mutação; o fortalecimento da infraestrutura da cidade em função de torná-la moderno pólo de comércio e serviços; a elevação da base tecnológica; a abordagem de oportunidades e desafios a partir de uma concepção metropolitana assentada em bases urbanísticas contemporâneas.

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