Emprego nas telecomunicações

Não me canso de elogiar o trabalho do Dieese como fonte privilegiada de informações úteis para o movimento sindical. Recentemente, em julho deste ano, foi publicado em “Estudos e pesquisas” número 46 o texto “O Emprego no Setor de Telecomunicações 10 anos após a Privatização”. Merece ser lido.

Estruturado em três partes, além de uma introdução, apresenta um histórico do setor, do processo de privatização e dos rumos recentes da prestação de serviços telefônicos; em seguida analisa as mudanças ocorridas no emprego formal do setor e dedica especial atenção ao teleatendimento (que não é considerado pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas –CNAE- como pertencente ao setor de telecomunicações).

O Dieese registra que o emprego formal nas telecomunicações caiu entre 1994 e 1998 (imediatamente antes das privatizações), recuperou-se em 1999 e 2000, voltou a cair de 2001 a 2003 e, somente depois de 2004, voltou a crescer de forma acelerada.

O estudo, ao englobar o teleatendimento, apesar do olhar vesgo da CNAE, é a primeira contribuição para um conhecimento mais aprofundado do setor como um todo e um estímulo para novos estudos que levem em conta também os terceirizados do setor e até mesmo os informais.

Qualquer ativista ou dirigente sindical telefônico deveria fazer do estudo do Dieese um ponto de partida para suas informações sobre o emprego no setor.

O estudo pode ser obtido pelos associados do Dieese (www.dieese.org.br) ou através do Departamento de Imprensa do Sintetel (sintetel@sintetel.org.br).

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