Feliz 2010! Ano de Copa na África!

Pode-se até dizer que as reais intenções da FIFA ao deslocar a Copa do Mundo pelos continentes atendem somente a interesses políticos dos seus dirigentes, o que não está errado. Mas que é muito bom para um continente como a África, até hoje sofrendo as consequências de tempos nefastos de colonização, um evento desse porte para que os olhos do mundo se voltem para lá, isso também é verdade.

Os ingredientes estão postos. Exceção feita a Ibrahimovic, o craque sueco cuja seleção ficou de fora, os maiores craques da atualidade estarão presentes. O argentino Messi, o brasileiro Kaká, o português Cristiano Ronaldo, o marfinense Drogba, o camaronês Eto'o, o espanhol Xavi, entre outros muitos que farão desta Copa uma das maiores da história.

Os favoritos são divididos em duas turmas. As seleções campeãs mundiais sempre são favoritas, pois camisa pesa muito numa hora dessas, e por outro lado vem seleções como Espanha e Portugal. A primeira porque tem um timaço, talvez o melhor de sua história, cercado de expectativas, mas que frustrou a torcida na Copa das Confederações, no ano passado. A segunda tem Cristiano Ronaldo, que está jogando muito no Real Madrid e pode carregar sua seleção a uma melhor sorte.

O Brasil não teve a sorte das últimas Copas. Caiu em um grupo difícil, que conta com a melhor seleção africana, a Costa do Marfim, mais a seleção portuguesa e a Coreia do Norte, provavelmente o saco de pancadas do grupo. Mas de qualquer forma a seleção canarinho é favoritíssima não só a classificação, mas também ao caneco.

Os recentes acontecimentos em Angola que vitimaram jogadores da seleção de Togo serviram para os eurocêntricos questionarem a capacidade do continente africano em organizar a Copa. Como se a Europa estivesse isenta de atentados como este, e a história nos mostra que isso está longe de ser verdade.

A África do Sul pode garantir uma excelente Copa do Mundo, mas não só isso. Ela pode inserir o continente africano definitivamente na “geobolística” mundial, além de provar que o povo africano é guerreiro e sobreviveu aos inúmeros ataques dos países do primeiro mundo ao longo de sua história.