Guedes, o “espertalhão”

Guedes é o “espertão”, aquele que vive discursando nas intermináveis lives do empresariado, prometendo salvaguardar o Deus Mercado, dos “malvados” trabalhadores

Fotomontagem feita com as fotos de: Dreamstime; Freepik; Alan Santos/PR

Que Paulo Guedes é um falastrão, poucos duvidam e o seu “sucesso” entre as corporações se deve ao fato de que a “elite” rastaquera adora esse tipo de gente, desde que cumpra o roteiro pré-estabelecido: proteger o Capital do capitalismo. E Guedes, sem dúvida, os protege muito bem, principalmente durante a pandemia. E, me permitam, não estou falando daquele comerciante, empreendedor, microempresário e prestadores de serviços, cujo sonho é subir nessa pirâmide, e se tornar tão fútil e ignorante quanto os que estão no topo da pirâmide social. Me refiro àqueles que comandam o circuito capitalista no Brasil e, nesse caso, são poucos.

Guedes é o “espertão”, aquele que vive discursando nas intermináveis lives do empresariado, prometendo salvaguardar o Deus Mercado, dos “malvados” trabalhadores, aqueles seres que estão ali para operacionalizar o que o investidor, o verdadeiro motor da economia, e que, volta e meia, o atrapalham com seus pedidos “irresponsáveis”, tipo: aumento de salários e direitos sociais. Quando Guedes nesses encontros eleva o tom contra o serviço público, que ele prefere que não tenha servidores públicos, e contra sindicatos e trabalhadores, enaltecendo o trabalhador solitário, a ovelha a ser tosquiada pelos empresários, estes deliram, aplaudem.

O ministro da Economia, cujo “economês” é tacanho e suas “análises” são toscas, é o xodó desses capitalistas tupiniquins, grande parte deles sonegadores e sugadores de dinheiro público. Aliás boa parte dessa “elite” não transita no setor produtivo, mas geralmente no mercado financeiro ou em outros mercados que não criam uma grama de valor, mas vivem de se deleitando com a especulação e, desde 2016, protegidos pelo Estado.

Agora, se sabe que o ministro da Economia tem investimentos em paraísos fiscais, um movimento típico desse tipo de gente que odeia impostos, embora desde que assumiu o cargo do ministro da Economia, não produzido nenhum tipo de política econômica, limitando-se a ver o barco afundar. Para esse senhor a ética é algo muito relativo e, nesse governo, é uma palavra sem sentido, portanto ele se considera livre para fazer suas manobras, que lhe rendem frutos financeiros privados.

E é esse homem, um “espertalhão”, de pouco conteúdo, mas falastrão, que conduz, sob o silencia dessa elite cavernosa, o maior desastre econômico da história desse país e cujo legado, para a economia e a sociedade, será um cenário de devastação que levará anos para esse país se recuperar plenamente.

Os “liberais de proveta” enfim produziram seu monstrengo.

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