Inquisição e Liberdade

Essa acumulação de conhecimentos, métodos e ação desestabilizadora das instituições democráticas tem servido unicamente às poderosas elites nacionais, associadas aos bilionários consórcios internacionais.

 
Os métodos, deploráveis, utilizados na atualidade, são mais requitandos. As armas principais em uso são os poderosos instrumentos midiáticos nacionais, empregados massivamente, unilateralmente, até que certas versões venham a se transformar em verdades incontestáveis para ponderáveis segmentos da opinião pública.

Na atualidade, elas vêm sendo repetidas até que se transformem em fatos incontestáveis. Não se trata de novidade. Foi amplamente utilizada pelo famigerado ministro da propaganda nazista de Hitler.

É possível que muitos sejam intoxicados pelas sistemáticas ondas de dossiês, falsos ou verdadeiros, que assolam o país. Mas os discursos das forças conservadoras revelam outras intenções abertas, nada discretas. Inviabilizar as eleições de outubro próximo.

 
Propugnam o impedimento do atual presidente da República. Caso não haja tempo suficiente, abre-se um processo com vistas à impugnação da sua candidatura. Não sendo possível, em virtude de tempo hábil, desde já se inicia um processo com vistas à abertura de uma ação jurídica objetivando a anulação dos votos conferidos ao candidato Lula.
O desespero bate à porta dos conservadores em decorrência das pesquisas de opinião pública, até o presente momento. O poliglota FHC, sociólogo de punhos de renda, perdeu as estribeiras e conclamou ao exorcismo de Lula, declarando-o “o diabo”.

O ódio e a intolerância pontuam os discursos dos representantes do capital financeiro. Auferem lucros imorais em um país que ainda apresenta brutal concentração de renda e miserabilidade.

O povo brasileiro não mais irá tolerar o arbítrio, a discriminação ideológica. As liberdades devem ser asseguradas. A inquisição, a caça às bruxas, que fiquem na lembrança da superada e tenebrosa Idade Média.