Memória sindical

Há aqueles que não gostam de História porque ela denuncia os malfeitos que fizeram. Outros porque pretendem cometer erros dos quais, intuitivamente, sabem que ela os advertiria. Há os que acham que a História começa com eles próprios; não passa de mito. E, finalmente, não gostam de História os que não têm futuro, porque não têm passado.

O movimento sindical dos trabalhadores não se enquadra em nenhuma dessas categorias. Ele quer saber História porque fez história e continua fazendo.
 

A Força Sindical e o Centro de Memória Sindical realizaram na terça-feira, dia 29, na sede do Sindicato Nacional dos Aposentados o debate sobre o “Resgate e Preservação da Memória do Sindicalismo Brasileiro: História e importância do Centro de Memória Sindical”, ocasião de rever e ouvir antigos companheiros e dirigentes atuais da luta sindical.
 

José Luiz Del Roio, experiente pesquisador, senador italiano, ativista social incansável, descreveu com elegância o papel criador da preservação da memória sindical e a tarefa inadiável de mantê-la viva: “A Europa quando abandonou o conhecimento da história dos trabalhadores, abriu caminho à confusão que hoje se instala”. Milton Cavalo, Juruna, João Inocentini, José Roberto e Marcos Perioto deram depoimentos fortes e convincentes orientando-nos na luta pelo fortalecimento do CMS. Convidado a falar, Sérgio Gomes, memória viva do mundo sindical, contou, emocionado a pré-história e a história inicial do centro, sediado no Sindicato dos Têxteis, com precisão de quem continua vivendo aqueles acontecimentos e aquelas realizações.
 

Reinstalado no terceiro andar do Sindicato Nacional dos Aposentados (Rua do Carmo, 171 – Telefone 3227-4410 – [email protected]) o CMS expõe o seu acervo, propõe-se a trabalhar em rede com outras instituições sindicais congêneres, com arquivos e com a Academia e pretende estabelecer convênios com entidades sindicais que contratem seus serviços para a organização de seus próprios arquivos, para pesquisas, para produção de livros de memórias e para comemorações e também a realização de entrevistas com dirigentes e militantes hitóricos.
 

Longa vida ao Centro de Memória Sindical!

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