O caos da aviação

O Brasil assiste, entre atônito e revoltado, o colapso do sistema de tráfego aéreo nacional. Milhares de pessoas amontoadas nos aeroportos, centenas de vôos cancelados diariamente e usuários abandonados à própria sorte pela falta de atendimento adequado p

À medida que o tempo passa e se avolumam as contradições entre o que diz as autoridades da área e os operadores do sistema, soma-se, à revolta, um profundo sentimento de insegurança.


 



As hipóteses para explicar o “apagão aéreo” são variadas. Vão da sabotagem à falta de estrutura adequada, incluindo pessoal. Alguns argumentam que é no mínino suspeito um sistema que funcionava regularmente, entrar em pane repentinamente com as mesmas pessoas operando. Outros lembram que nos 8 anos de FHC, auge da política neoliberal, o estado foi desmontado e não houve contratação de pessoal sequer para substituir os que se aposentaram quanto mais para expandir o serviço. Alguns peritos chegam a levantar a hipótese de uma zona cega no espaço aéreo, como o fator determinante do caos generalizado.


 



Tudo isso é verdade, mas pouca importa agora. No momento o que todos querem é uma solução. E que seja rápida e eficiente, de tal sorte que uma simples viaje não se transforme numa aventura com direito a imprevisibilidade.


 



Entre as medidas que reclamam urgência estão à nomeação de alguém que possa comandar o sistema e, ao que tudo indica, essa pessoa não é o Ministro Valdir Pires. O ato continuo é a constituição de uma força tarefa de controladores de vôo de todo o país para operar o controle aéreo de Brasília, onde os problemas parecem ter origem e fim. E, uma medida elementar: reprogramar os horários de todas as companhias aéreas.


 



Mas, sinceramente, eu torço para que quando você estiver lendo esta coluna o assunto já seja algo do passado.

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