Para não perder de vista

No Globo, a notícia é que “a economia americana teve um recuo maior que o esperado no primeiro trimestre: 2,9%, no calculo anualizado, a maior queda desde o mesmo período de 2009, segundo a Bloomberg News. É também a maior revisão para baixo em 38 anos.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento de Comércio dos EUA. No último trimestre de 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos havia crescido 2,6% ao ano no último trimestre de 2013. Em maio, o governo americano havia divulgado um resultado preliminar de queda de 1% entre janeiro e março”.

Enquanto isso…

“O número de sem-teto em Nova York atingiu, este ano, o maior nível desde a Grande Depressão nos anos 1930. Segundo as últimas estatísticas federais, a população sem moradia aumentou 13% em comparação com o ano passado, apesar da suposta recuperação da economia — e enquanto a média nacional só faz diminuir. Os nova-iorquinos que passam a noite em abrigos ou nas ruas chegaram a 64.060, de acordo com o relatório anual do Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano (HUD, na sigla em inglês), que compila dados de três mil cidades americanas. Só Los Angeles teve aumento maior: lá, os desabrigados cresceram 27%, embora o total ainda seja menor que o de Nova York. No resto do país, o número caiu 4% desde 2012: hoje são 610.042.

Em Nova York, as famílias já representam 75% da população dos abrigos. Há menos sem-teto nas ruas do que há uma década, mas a lotação nos dormitórios é recorde — 52 mil, sendo 22 mil crianças. Relatório divulgado em maio pela ONG Coalizão para os Desabrigados aponta outro recorde: o tempo médio que uma família permanece num abrigo atingiu 14,5 meses. O número de sem-teto que pernoitam em refúgios municipais é, hoje, 73% maior do que em janeiro de 2002, quando o ex-prefeito Michael Bloomberg tomou posse”.

No Brasil…

No Brasil, uma novidade importante, em relação à indústria brasileira, acaba de ser divulgada pelo IEDI: nova metodologia do IBGE, para mensuração da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF). Fundamentalmente, acresce Notebooks e Tablets e crescimento da produção de celulares (transformação/eletrônica). Em resumidas contas, isso resultou num crescimento no setor de tecnologia de alta intensidade em robustos 4,3%, frente a uma queda de 0,5% pelo critério anterior.

Mas as coisas não vão bem, por suposto, em função da crise mundial. Há muita guerra política em função das eleições, contra a orientação do governo. Mas não se deve esquecer que, por desonestidade intelectual ou facciosismo – ou ambas as coisas, que é mais provável – a tônica do “programa de governo” de Aécio Neves, encabeçado por Armínio Fraga, montou a equação de que, com a “recuperação da economia dos EUA”, a questão seria de reengatar o Brasil nas “cadeias globalizadas da produção”, para “novo ciclo de crescimento”. Este se daria após um período de austeridade – certo desemprego, redução no crescimento dos salários, ajuste fiscal para melhorar as contas do governo e, decerto, romper com a política externa “terceiromundista” para se aproveitar dos Tratados de Livre Comércio do Pacífico (o Estadão chegou a dizer que o grande mal foi mesmo ter abortado a ALCA). “Não ter medo da impopularidade”, disse Aécio.

Tratar das questões da economia do país sem referir a crise que assola os EUA e Europa é simplesmente isso: desonestidade intelectual mais forte dose de facciosismo.

A batalha de Dilma será a de quem tem o que mostrar e prosseguir nas mudanças, contra os que terão o que esconder e os que não tem força nem projeto para alterar a rota.

E a Copa…

O maior malfeito da Copa foi da FIFA. A empresa monopolista contratada para a venda de ingressos foi desfalcada de um de seus diretores, quadrilheiro do desvio de ingressos para cambistas. Ganham no monopólio, ganham na venda, desde a Copa da África do Sul. Onde o controle? Pensavam, talvez, estar em república de bananas. O Brasil deu um banho também nisso. Banana neles.

E o Brasil vai de…

Para mim devia jogar Oscar mais pelo meio e entrar William, pelo menos no segundo tempo, se Filipão insistir nos três volantes. Hulk e Fred na frente.

Vai dar: a Alemanha pode ser vencida.

O Maracanã vai ser uma segunda batalha de Guararapes? Já os derrotamos, na grande insurreição nacionalista que deu ao 19 de abril, data do primeiro confronto, o dia de origem do Exército Brasileiro. Impedimos a passagem do exército comandado por Von Schkoppe. Quem é Robben frente a isso?

Ou a nova Guerra do Prata, vencida por nós em 1852? Que venha Messi, se necessário.

Mas nada disso será guerra. Será confraternização entre povos promovida pela melhor Copa já havida. Quem viver verá.

Guerra mesmo serão as eleições brasileiras de outubro.

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