Quando os benefícios chegarão ao consumidor?

A partir da vitória das forças progressistas o Brasil tem experimentado uma contínua redução na taxa de juros e agora no valor real da tarifa de energia elétrica. E a pergunta é inevitável: quando as consequências dessa política chegarão ao consumidor?

Atualmente a taxa de juros é 7,25%, contra uma taxa Selic de 25% no final de 2002 quando o governo neoliberal de FHC foi derrotado. É quase 18% a menos, o que representa uma redução substancial no custo operacional das empresas e também do governo.

Agora foi a vez da tarifa de energia elétrica ser reduzida em 20%. Os consumidores terão uma razoável economia nas suas contas mensais. E é razoável que esperemos – e cobremos – uma redução equivalente no custo geral das mercadorias produzidas e comercializadas nesse belo país.

Mas essa é precisamente a dúvida da população, uma vez que outras reduções de tarifas e impostos patrocinadas pelo governo, infelizmente, não chegaram ao contribuinte. Engordaram, ainda mais, a conta de uma gama de sanguessugas.

E por que seria natural a redução dos preços das mercadorias?

Porque a energia é um insumo industrial básico, cuja repercussão no custo de produção será automática, variando apenas o peso de acordo com o ramo de atividade. Haverá, portanto, uma razoável redução nos custos de produção e comercialização das mercadorias, graças a essa medida de elevado caráter social da presidenta Dilma.

Analisemos, como referência, a economia que farão empresas com grande consumo de energia em seu processo produtivo ou de comercialização como, por exemplo, as siderúrgicas, fábricas com elevado grau de automação e grandes “shopping Center”. Terão, inequivocamente, seus custos bastante reduzidos e assim, espera-se, que essa redução no custo operacional chegue até o consumidor final na forma de redução dos preços das mercadorias e serviços.

Essa é a bandeira do momento. Exigência de que os benefícios dados pelo governo chegue ao povo e não apenas na conta dos empresários. Alem de que é um momento impar para desmoralizar a direita, tanto aqueles que atuam nos seus partidos como os que se entrincheiram nos aparelhos de estado, evidenciando a justeza da teoria marxista de que “o estado nada mais é do que um instrumento de dominação da classe dominante”.

É uma luta sem tréguas, desproporcional, onde a direita dispõe de todos os mecanismos para expressar e procurar fazer valer seus pontos de vistas enquanto o movimento popular, na maioria das vezes, não dispõe sequer da “voz praieira” – a famosa boca de som afixada em varas rústicas nas nossas comunidades.

Mesmo assim o combate foi feito, será feito e nós venceremos, pela simples razão de que nós temos os fatos, enquanto eles no máximo têm a farsa, o que fica evidente nesse episodio da redução da tarifa de energia elétrica.

Quando todos esperavam que os meios de comunicação fossem unânimes em destacar essa conquista inédita, eles fazem coro com uma direita raivosa e ultrapassada, acantonada no PSDB e PFL (DEM), que vocifera contra a redução da energia elétrica – pasmem! – para não reduzir a gorda rentabilidade de seus amos.

A redução é boa para o povo e mesmo para os empresários produtivos. Mas não é boa para os especuladores, para o capital rentista, que hoje controla boa parte das ações dessas empresas, inclusive das empresas púbicas, e assim tem a sua margem de ganhos reduzida.

O povo, o necessário crescimento industrial, a busca da competitividade tão decantada nessa hora, percebe-se, não passa de mera demagogia panfletaria, que apenas servem para ocupar uma pauta efetivamente justa: a redução dos custos operacionais e o aumento de nossa eficiência produtiva com a qual a direita nunca teve compromisso.

Mas, como viver é destino dos fortes, nós continuamos vivendo, lutando e… vencendo!

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