Um grande seminário

O Sindicato dos Engenheiros de São Paulo realizou em 23 de março a 9ª versão anual do Seminário de Negociações Coletivas. Pela tradição, o evento é dividido em duas partes durante o dia. Na manhã, os dirigentes e diretores do sindicato, depois de se infor

Pela tarde, recebem como convidados representantes de várias empresas que têm peso na economia e são empregadores de engenheiros, sindicatos representativos e personalidades qualificadas para discutir os temas atuais das negociações.


 


 


Neste ano, o presidente do sindicato, Murilo Pinheiro, convidou e contou com a participação do Secretário de Relações do Trabalho do ministério do Trabalho e Emprego, Luiz Antônio de Medeiros, do secretário municipal do Trabalho em São Paulo, professor Marcos Cintra, do economista do Dieese, Sérgio Mendonça, do diretor do Diap, Antônio Augusto de Queiroz e representantes de importantes empresas públicas e privadas e diretores de sindicatos. Cito, correndo o risco de esquecer alguém, os representantes do Metrô, da CTEP, da CPFL, da Cesp, da Elektro, da Telefônica, da Usiminas (Cosipa), da Embraer, da Sabesp, do Sinaenco (consultoria), do Sindimest (telecomunicações), do Sindipeças e do Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisas.


 


 


Na abertura da segunda parte, as análises e intervenções das autoridades e especialistas foram muito elogiadas. Houve uma convergência importante em torno da compreensão das tarefas de enfrentamento da crise e da importância das negociações, com enfoques que privilegiaram os elementos políticos, econômicos, sociais e financeiros e a experiência das iniciativas já tomadas.


 


 


Os representantes das empresas informaram as perspectivas que têm e foram unânimes ao afirmar que as negociações -dados os efeitos diferenciados da crise externa na economia das empresas- deverão ser pautadas pelas realidades vividas e não pelo pessimismo que as vezes se procura disseminar. Uma das empresas anunciou, por exemplo, um amplo plano de “primarização” de mão-de-obra com o emprego direto de mais de mil terceirizados.


 


 


Todos foram acordes em anunciar dificuldades mas, sobretudo em apresentar as oportunidades para avanços no rumo produtivista capaz de garantir emprego, qualificação, melhoria dos serviços e produtos e respeito aos direitos.

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