A paz na península coreana

Com uma expectativa positiva as forças democráticas do mundo acompanham a histórica reunião entre as duas principais autoridades da Coréia do Sul e da República Popular Democrática da Coréia, o presidente sul-coreano, Roh Moo-hyun, e o líder norte-coreano Kim Jong-il.



Este encontro, que se realiza desde  ontem(2) em Pyongyang, capital da Coréia do Norte, é o segundo realizado desde 1953 quando a assinatura de um armistício “interrompeu” a Guerra da Coréia que eclodiu em 1950. Um dos pontos da pauta dessa segunda Cúpula da Península Coreana é o avanço da paz entre as duas partes uma vez que “tecnicamente” as duas Coréias ainda estão em estado de guerra, pois que não foi assinado um tratado de paz.


 


Estigmatizada pelo governo Bush que a incluiu na chamada lista do “eixo-mal” e fez de tudo para prejudicá-la, a República Popular Democrática da Coréia com atitudes e gestos procura demonstrar seu compromisso com a paz da região.  Em fevereiro desse ano assinou um acordo internacional no qual se comprometeu desativar sua produção de energia nuclear em troca de apoio econômico e fornecimento de petróleo. Em julho último desativou o reator nuclear de Yongbyon. Desse acordo participaram as duas Coréias, Japão, China, EUA e Rússia.



Mesmo tempo feito sua parte, a Coréia do Norte continua a enfrentar hostilidades do imperialismo norte-americano que segue impondo uma exigência após outra. Na verdade os EUA que têm uma forte base militar na Coréia do Sul, base essa estratégica para suas ambições expansionistas na Ásia, sobretudo, contra a China, sempre semeou intrigas e conflitos entre as partes. Fala em paz, mas age para que as hostilidades prossigam uma vez que lucra com o conflito.



Essa histórica cúpula coreana, também, ocorre pela atitude positiva do  governo do presidente sul-coreano Roh Moo-huyn que se movimenta interessado, segundo ele mesmo proclama, em acelerar a construção de uma relação de cooperação e amizade entre as duas partes.



O outro ponto do encontro é a reunificação do país. O presidente sul-coreano, ao chegar a Pyongyang ouviu um brado entoado por milhares de compatriotas do Norte: “reunifiquemos nossa pátria!”.  Está previsto um gesto dos dois líderes para simbolizar esse grande desejo de uma nação que existe há mais de quatro mil anos. Roh e Kim irão plantar uma árvore como emblema que represente o pacto de se levar adiante o compromisso de reunificação pacífica do país. Espera-se que esse gesto seja alicerçado por um conjunto de avanços resultante das negociações.