Esquerda põe o Bloco na rua
Com o lançamento no Rio de Janeiro, nesta última segunda feira, 20/08, do Bloco de Esquerda com a presença massiva […]
Publicado 23/08/2007 10:15
Com o lançamento no Rio de Janeiro, nesta última segunda feira, 20/08, do Bloco de Esquerda com a presença massiva de mais de mil pessoas, representantes de todos os Partidos que participam do Bloco – PDT, PSB, PCdoB, PRB, PHS, PMN — deram início ao processo de lançamento desta frente política nos principais Estados da Federação, com o objetivo de construir o Bloco de Esquerda em todos os municípios onde isso for possível. Foi uma verdadeira festa democrática, onde os oradores de cada partido procuraram resgatar os principais pontos do programa do Bloco, consolidado no mês passado em Brasília, destacando o fato de que o Bloco veio para ficar. Todos se pronunciaram dizendo que não se trata de um bloco meramente conjuntural, mas é uma união de forças baseada em um programa concreto que tem como objetivo maior lutar por um projeto nacional de desenvolvimento.
Neste momento de turbulência econômica mundial nas Bolsas de Valores, os banqueiros querem que os Estados Nacionais socorram os fundos e os bancos que deixaram de ganhar fortunas, ou perderam investimentos na ciranda financeira. Na verdade eles propõem “capitalismo para os pobres, e ‘socialismo’ para os ricos…” como bem formulou de forma popular um dos que se manifestaram no ato de lançamento do Bloco no Rio de Janeiro. Outra questão importante deste evento foi o compromisso público de que a Esquerda quer o Brasil para os brasileiros, e de que é necessário lutar junto com os setores mais representativos da sociedade brasileira para acelerar o desenvolvimento e o crescimento econômico do Brasil, fortalecendo a iniciativa do PAC e de várias outras providências governamentais no campo da saúde, da educação pública e gratuita, na esfera da segurança e do transporte para a população.
Estiveram presentes ao ato inúmeras personalidades do movimento social e do campo político que compõem o Bloco de Esquerda, o Ministro do Trabalho, Carlos Luppi, o Ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., o Ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, Renato Rabelo, presidente do PCdoB, o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, o presidente do FINEP, professor Luís Fernandes, o senador Marcelo Crivella, o deputado federal Aldo Rebelo, o deputado Brizola Neto, a ex-deputada Jandira Feghali, vários Prefeitos do Estado do Rio de Janeiro, como o prefeito de Niterói, Godofredo Pinto, o deputado Alexandre Cardoso e o líder da bancada do PSB, Renato Casagrande, entre outros. A palavra de ordem que dominou o ambiente foi — “Vai avançar a unidade popular!”– mostrando que a determinação destas forças de esquerda é unir para virar o jogo e que o bloco está aberto a todos aqueles e aquelas interessados em construir um novo Brasil, um Brasil para os brasileiros.
Três questões foram amplamente tratadas durante o debate de lançamento do Bloco de Esquerda: a defesa da autonomia do governo para decidir e definir sobre política macro- econômica, a defesa resoluta dos direitos dos trabalhadores, por mais empregos e por uma política permanente de valorização do trabalho e de elevação do salário-mínimo, e apoio à política externa do governo, centrada na afirmação da presença soberana do Brasil no mundo, no aprofundamento das relações Sul-Sul, e na integração sul-americana. Por fim, houve também o compromisso público na fala de vários oradores de manter bem alta a bandeira de luta pelo socialismo no Brasil, como condição fundamental para marcar a identidade de esquerda do Bloco que ora procura ganhar as ruas e a consciência do povo brasileiro.