PCdoB: 91 anos em defesa do Brasil e do socialismo

*Por Clarissa Peixoto

Em seus 91 anos, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), formula sobre as características de um socialismo com feições adequadas à realidade brasileira, provocando perspectivas, conceituais e políticas, sobre os rumos da revolução socialista no Brasil e na América Latina.

Sob a grande ofensiva do capitalismo, que esforçar-se por sedimentar a ideia de derrocada do “sonho” socialista, o PCdoB mantém-se firme na defesa do marxismo-leninismo e da luta anti-imperalista. Defende um novo projeto nacional de desenvolvimento como caminho para o socialismo brasileiro, amparado, sobretudo, na valorização do trabalho, no desenvolvimento contínuo e ambientalmente sustentável, na igualdade de oportunidades, na universalização dos direitos básicos, na afirmação da cultura brasileira e da consciência nacional, na luta conjunta de homens e mulheres pelo fim da opressão, em suas mais variadas formas, e no aprofundamento da integração latino-americana.

Os comunistas e sua tradição de lutas permanecem vivos no século XXI. Marcadamente, na atuação em três espaços estratégicos da luta pela democracia e de grande envergadura para a esquerda, o PCdoB tem apresentado à sociedade brasileira importante contribuição.

A luta contra a opressão classista, longe de ser superada, coloca-se na ordem do dia para o PCdoB. O esforço empreendido para a construção de uma nova central de trabalhadores e trabalhadoras representa a compreensão do partido sobre a necessidade de autonomia da classe trabalhadora. Apresenta para o conjunto da sociedade brasileira o caráter estratégico e revolucionário da organização classista consciente, que é capaz de compreender a conjuntura política sem atuar sobre ela de forma fragmentada ou passiva. A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil é uma contribuição consciente e consequente ao movimento dos/trabalhadores/as brasileiros/as.

Em permanente movimento, o PCdoB fortalece a luta pela emancipação das mulheres. Ao construir duas conferências partidárias que tem como centro a questão da mulher na sociedade, imprime como estratégica a luta contra a opressão de gênero e estimula a participação política das mulheres nas instâncias partidárias e nos espaços públicos da disputa política e de ideias. Nessa toada, vem forjando novas gerações de mulheres comunistas, conscientes do seu papel preponderante na luta pela construção do socialismo. Não por acaso, as posições do PCdoB sobre a reforma política têm na questão da mulher um dos seus principais eixos.

Com a mesma importância, o PCdoB empreende esforços na luta contra a antidemocrática condição das comunicações em nosso país. A comunicação, que exerce papel imperioso nas relações de poder, no Brasil ainda permanece sob o marco obscuro dos monopólios e oligopólios. Não é possível que em pleno no século XXI, a promoção do pensamento esteja concentrada nas mãos de poucos – e sempre os mesmos. A mídia desempenha papel preponderante na disputa por hegemonia e não haverá avanços democráticos sem um marco regulamentador para este setor.

A contribuição dos comunistas para a vida em sociedade se sedimenta na trajetória de enfrentamento ao poder econômico, político e cultural que institui a sociedade capitalista. Para o PCdoB, a disputa de ideias e de posicionamentos políticos diante da conjuntura estabelecida só cessará à medida que os povos do mundo encontrem os caminhos da existência fraterna, socialmente justa e desenvolvida, num mundo de paz. Sejam mais 91 anos de histórias e lutas. O estratégico sobrevive: a construção do socialismo.

*Clarissa Peixoto
Jornalista e Dirigente Estadual do PCdoB/SC